Eleição 2014: Sérgio Cabral “morde” e Pezão “assopra”

quinta-feira, 30 de maio de 2013
por Jornal A Voz da Serra
Governador ataca Lindbergh e vice diz que senador é aliado O governador Sérgio Cabral e o vice Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB, utilizam estratégias distintas quando o assunto é sucessão estadual em 2014. De um lado, Cabral tem utilizado a mídia para mandar recados para a presidente Dilma, o ex-presidente Lula e o PT, pressionando-os a não permitir que o senador petista Lindbergh Farias dispute a sucessão estadual, o que atrapalharia os planos peemedebistas de eleger o atual vice-governador, provável candidato ao Palácio Guanabara. Por outro lado, Pezão adota um discurso cauteloso e conciliador. Ou seja, uma reedição do velho "morde e assopra”. Durante sua visita a Nova Friburgo esta semana, onde inaugurou 50 casas no Parque das Flores e o Instituto de Polícia Técnica, Pezão contemporizou a discussão política. Ele teceu elogios rasgados à Dilma e Lula, "os maiores aliados do governo estadual” e acrescentou que, no momento, não é hora de discutir candidaturas para 2014. Na semana passada, Sérgio Cabral disse que se o PT insistir com Lindbergh, o PMDB poderá apoiar a candidatura presidencial do mineiro Aécio Neves (PSDB), adversário de Dilma. Pezão desconversou em relação à eventual candidatura de Lindbergh. Para o vice-governador, o petista continua sendo um aliado político do governo estadual, embora o senador esteja afirmando, reiteradamente, não abrir mão de lançar sua candidatura. "Ele [Lindbergh] é um aliado. Ajudei-o a se eleger senador [em 2010] andando ao seu lado pelo Estado do Rio. O ano de 2013 é de trabalho e só vou tratar de eleição em 2014. Lá na frente, vamos conversar [com o senador]”, disse.     Prefeito afirma que município teria falido sem apoio estadual   Rogério Cabral e Luiz Fernando Pezão (foto), aliados políticos, trocaram afagos durante a visita do vice-governador a Nova Friburgo na terça-feira, 28. Durante a inauguração das 50 unidades habitacionais no Parque das Flores — as primeiras destinadas às vítimas da tragédia de 2011 — o prefeito discursou afirmando que "o povo friburguense vai saber na hora certa reconhecer o trabalho de Pezão”. O vice-governador respondeu que acredita no sucesso de Rogério à frente do governo municipal. O prefeito aproveitou a ocasião para anunciar mais alguns convênios liberados pelo vice-governador — R$ 9 milhões do Programa Somando Força e ainda 20 quilômetros de asfalto. "O governo estadual é um grande parceiro, sem ele o município já teria falido. A Prefeitura só tem orçamento para pagar pessoal e outras poucas coisas”, destacou. "Temos inúmeros entendimentos [com o estado] para que as coisas aconteçam em Nova Friburgo ainda este ano”, acrescentou.     Bird vai emprestar US$ 100 milhões para o Rio Rural   O plenário do Senado aprovou esta semana contrato de empréstimo externo entre o estado do Rio de Janeiro e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), no valor de US$ 100 milhões. Os recursos serão destinados ao financiamento adicional do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável em Microbacias Hidrográficas (Rio Rural). A proposição já havia sido aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). A matéria segue para sanção presidencial. Executado pela Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária, por meio da Superintendência de Desenvolvimento Sustentável, o Rio Rural tem como grande desafio a melhoria da qualidade de vida no campo, conciliando o aumento da renda do produtor rural com a conservação dos recursos naturais. Em relatório favorável à proposta, o senador Sérgio Souza (PMDB-PR) destacou os pareceres favoráveis da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e da Secretaria de Tesouro Nacional, que entenderam que as condições contratuais cumprem o estipulado pelo Bird e concluíram que o estado do Rio de Janeiro apresenta capacidade financeira suficiente para contratar a operação. "A proposta é para complementar as ações que têm sido feitas para conter as áreas de risco da Região Serrana do Rio. Então, vai além das questões urbanas e chega até o meio rural, para construir 366 microbacias em diversos municípios”, destacou o senador durante a discussão na CAE.     Prefeituras devem apresentar mapa das áreas de risco em audiências   Os deputados Flávio Bolsonaro (PP) e Nilton Salomão (PT) — respectivamente, presidentes das comissões de Defesa Civil e Política Urbana, Habitação, e Assuntos Fundiários da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) — cobraram dos representantes das entidades competentes o cumprimento da Lei 6.442/13, de autoria do Poder Executivo Estadual, que exige dos municípios fluminenses apresentações em audiência pública dos resultados sobre estudos de identificação e mapeamento de áreas de risco. "Observamos que algumas cidades que são frequentemente afetadas pelos desastres naturais não enviam à Secretaria de Estado de Habitação os locais da região que podem servir, por exemplo, para a construção de novas moradias”, explicou Bolsonaro, em audiência realizada nesta terça-feira, 28, no Palácio Tiradentes. Os representantes dos municípios de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo relataram os desafios e problemas para que a prevenção de desastres possa ocorrer de forma bem-sucedida: carência de técnicos especializados, ocupação desordenada e conscientização da população para a saída de suas moradias construídas em áreas de risco, entre outros.  O secretário de Estado de Habitação, Rafael Picciani, falou sobre as medidas que o Governo tem adotado para ajudar: "Criamos o programa Somando Forças para Morar Seguro, que mantém um convênio entre o Executivo estadual e municípios para saber em quais áreas podem ocorrer desapropriações para construções de unidades habitacionais”. Nova Friburgo foi representado na reunião da Alerj pelo secretário municipal de Defesa Civil, coronel João Paulo Mori.     Senado aprova projeto que amplia poderes de delegados   O Senado aprovou nesta terça-feira, 28, projeto que amplia os poderes de investigação dos delegados de polícia, que poderão ter ampla autonomia para a condução de inquéritos. A proposta, segundo senadores contrários à sua aprovação, reduz as atribuições do Ministério Público ao permitir que os delegados não atendam pedidos ou orientações dos procuradores e promotores. Com a aprovação, o projeto segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff.
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