Editorial - Voto de valor

terça-feira, 14 de setembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

A VINTE dias das eleições, os candidatos ao Congresso e ao legislativo estadual que disputam uma vaga ‘representando’ Nova Friburgo buscam atingir o eleitorado com todas as formas do marketing que a Justiça Eleitoral permite. Dentre este eclético ‘público-alvo’, os idosos são os que possuem o maior número de defensores, ávidos pelo reconhecimento nas urnas em 3 de outubro. Porém, quase nunca recebem o prometido.

TANTAS promessas mostram como é importante a atuação do poder público para suprir as grandes carências da população idosa no país, nos estados e em Nova Friburgo. Aqui, assim como em quase todas as cidades brasileiras, o atendimento não supre ao que é solicitado. O idoso é um problema de promoção social do Estado, porém poucos se dão conta dessa incumbência.

HOJE, A expectativa de vida do brasileiro está em torno de 68 anos, e deverá chegar a 73 anos neste século. Segundo o IBGE, nosso país deverá ter a sexta população mais idosa do planeta no ano 2025. Teremos 34 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o que representará 14% de nossa população.

O PROBLEMA do idoso em todo o país, inclusive em Nova Friburgo, está na melhor adequação da infraestrutura pública para atender este contingente. Políticas de inserção devem ser implantadas para que o idoso não se transforme em grupo marginalizado, sem a proteção do Estado. Mais centros de convivência e atendimento diferenciado poderiam ser implantados para este contingente da população que chega, segundo o IBGE, a quase 20 mil pessoas, ou cerca de 10% de nossa população. O censo deste ano certamente apontará números maiores.

O MUNICÍPIO tem se preocupado em oferecer novos espaços de cultura e lazer, beneficiando inclusive os idosos, inserindo a “terceira idade” na vida ativa da cidade. Através de políticas públicas será possível proteger mais o idoso e aprimorar as soluções para uma situação que será agravada no decorrer dos anos. Os candidatos que buscam o voto dos idosos deveriam, portanto, assumir compromissos que possam ser efetivamente realizados. É o mínimo que podem fazer.

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