Editorial - Vírus à vista

segunda-feira, 09 de janeiro de 2012
por Jornal A Voz da Serra

O AUMENTO dos casos de dengue em muitos estados, o verão, as chuvas e, agora, a volta da dengue tipo 1 ao país, após 20 anos, trouxeram à tona a preocupação das autoridades do Ministério da Saúde e de especialistas sobre a doença no país. E o mosquito não preocupa somente o governo federal. Em 2011, só na cidade do Rio foram registrados 70 mil casos e em Nova Friburgo 1.224 casos.

LEVANTAMENTO realizado pela Secretaria estadual de Saúde em 67 municípios apontou que 46% deles estão em nível de alerta para a ocorrência de surto ou epidemia; 48% estão em situação de baixo risco e 6% em situação de alto risco. Nova Friburgo, felizmente, não sofre risco preocupante.

A PREFEITURA está engajada na campanha “10 minutos contra a dengue”, incentivando os cidadãos a checarem a presença de focos por toda a casa, em apenas dez minutos por semana, para que se consiga acabar com o mosquito da dengue. A campanha engloba todos os municípios fluminenses.

A DOENÇA, que virou epidemia no Rio em 2008 e até agora não foi debelada, tem mobilizado autoridades federais, estaduais e municipais e mostrou que o desleixo aliado à desatenção da população com os métodos preventivos não dependem apenas das responsáveis oficiais. O mosquito é de todos.

É INCORRETO afirmar que o mosquito da dengue não sobe a serra. Tal fato ocorre porque a temperatura não faz diferença nem se torna uma blindagem contra o avanço da doença. O que impede a doença é a prevenção, que vem sendo feita não apenas pelos agentes de saúde, mas, também, pelo grau de conscientização da população.

O ESTADO do Rio não está imune ao avanço da doença. Campos e outras cidades já estão sofrendo os efeitos do mosquito e não se vê nenhum sinal de que a doença vá regredir. Ao contrário, deverá aumentar em 2012 com a chegada do vírus 4. A dengue ainda provocará muitos casos, inclusive de morte, exigindo-se, portanto, medidas curativas e preventivas, para que neste ano a população não venha a sofrer novos transtornos.

A CADA chuva aumentam os focos de transmissão, o que poderá também ocorrer em Nova Friburgo. Apesar de estarmos ainda no início do verão, o trabalho de prevenção deve continuar permanentemente. Afinal, o mosquito não tem hora nem vez para atacar e não respeita as faixas econômicas da população. Todo cuidado é pouco.

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