OS METEOROLOGISTAS são unânimes em afirmar: o verão brasileiro será quente e com muita chuva. Com o início da estação, que começa oficialmente no próximo dia 22, a época, além da descontração e do lazer, revela também dados preocupantes que chamam a atenção não só das autoridades, mas também de toda a população. O calor traz os temporais e, inevitavelmente, muitos problemas.
PREVISÕES pessimistas revelam que o aquecimento global pode ser mais sério do que se pensa. Após o fiasco de Copenhague e do desânimo dos governos em Cancun, no México, o clima no mundo segue sua trajetória alarmante, alterado, o que já não é mais novidade. E o meio ambiente, por conseguinte, sofrerá as consequências, também. Desertificação, terremotos, furacões, seca e incêndios são apenas alguns exemplos dessa ação que pode chegar à irreversibilidade, caso o homem não mude a sua relação com o ambiente.
NO PLANO municipal, as consequências da alteração climática também devem ser avaliadas pelos técnicos do governo, planejando a implementação de soluções de longo prazo. Prevenindo-se das chuvas que caem frequentemente na região, evitando que as mesmas tornem inabitável as encostas e outras áreas de risco, as autoridades podem dar uma grande contribuição para a comunidade, hoje e no futuro.
AS SOLUÇÕES de longo prazo para evitar tais problemas passam pela elaboração conjunta de planos de drenagem, com medidas que demandam tempo e dinheiro, porém em menor escala que as perdas com os prejuízos das inundações urbanas, como ocorreram no passado e prometem se repetir no próximo início de ano.
DENTRE as políticas públicas, é necessário também que o governo dê atenção especial à proliferação de ocupações irregulares, com a consequente favelização de morros e encostas. O saldo de mortes ocorridas em outros anos confirmou esta perversa condição.
A OCUPAÇÃO de encostas e morros, como existe em Nova Friburgo, por sua vez, torna ainda mais vulnerável a bacia urbana, tanto pela remoção da vegetação natural, que é altamente protetora do solo, retendo e ajudando a evaporação das águas de chuva, como pela exposição à erosão a que ficam submetidos.
COMO HÁ muito por fazer, é necessário que a população esteja consciente em termos de educação ambiental. É preciso que cada um faça sua parte para o alcance de uma cidade ambientalmente agradável, sem alagamentos nem deslizamentos, e mais protegida. É o que desejamos.
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