A ESTIAGEM tradicional nesta época do ano traz um período de perigo para as nossas matas. Sem chuva, o fogo se transforma num inimigo natural, como ocorre anualmente, trazendo preocupação e aumentando os níveis de alerta contra as queimadas. O fenômeno é conhecido dos friburguenses e a ação dos bombeiros procura debelar os incêndios com a presteza de sempre.
CONFORME noticiou A VOZ DA SERRA na edição de ontem, os focos de incêndio começam a surgir e para não repetirmos os episódios dos anos anteriores, a hora de ficar atento é agora, buscando formas de minimizar tais ocorrências. Sem a conscientização da população, os riscos aumentam ainda mais e um gesto impensado pode se transformar em tragédia de graves proporções.
OS BAIXOS níveis dos cursos d’água já revelam que os mananciais podem vir a sofrer alguma alteração, caso a estiagem seja prolongada. Tal fato, além de prejudicar a comunidade no abastecimento diário, ainda pode causar a degradação das margens e assoreamento, além da poluição dos rios e da mortandade de peixes. Para uma cidade que possui um rico manancial, que fornece água também a outros municípios, os rios friburguenses pedem mais atenção.
AS QUEIMADAS, por seu lado, oferecem um perigo físico de graves proporções. O descuido, o vandalismo e a irresponsabilidade de alguns agricultores causam danos que não podem ser corrigidos pelos bombeiros nem pela defesa civil, acontecendo muitas vezes em locais de difícil acesso e, consequentemente, sem condições de controle e combate às chamas. Este triste espetáculo não pode ser repetido mais uma vez este ano.
JÁ FICOU provada a impossibilidade de se combater os focos de incêndio no município, com mais de mil quilômetros quadrados, sua cadeia de montanhas e que qualquer tentativa é dispendiosa e requer equipamentos de combate ao fogo que não estão disponíveis no município. Cabe então à comunidade fazer a sua parte, agindo preventivamente.
A QUESTÃO ambiental estará presente cada vez mais na realidade de todos, ainda mais nestes tempos de reconstrução. Os problemas enfrentados pela população impõem novos desafios e cada um deve fazer a sua parte, ainda que pequena. Através dessas múltiplas “pequenas ações” poderemos atingir o desejado desenvolvimento sustentável.
Deixe o seu comentário