Editorial - Vandalismo sem perdão

quarta-feira, 05 de maio de 2010
por Jornal A Voz da Serra

NEM MESMO a imagem de São Cristovão, padroeiro dos motoristas, colocada na Praça Getúlio Vargas próximo aos taxistas do ponto central, ficou protegida da ação dos vândalos que a furtaram recentemente. A indignação por motivos mais que conhecidos é compartilhada com muitos friburguenses, católicos ou não, e mostra que atos como este, além das pichações que emporcalham prédios e monumentos precisam ser repudiados e contidos.

EXEMPLO recente, os dois acusados de pichar o Cristo Redentor participaram do programa antipichação lançado pela Prefeitura do Rio, inaugurando, quem sabe, uma resposta pedagógica da Justiça contra o vandalismo em respeito ao patrimônio público e privado. A pichação está prevista na Lei de Crimes Ambientais e a pena chega a um ano de prisão.

MAS NÃO são apenas as pichações que mostram a ação irresponsável que acontece nas madrugadas friburguenses: também sofremos com a destruição de instalações públicas nos bairros, prejudicando a comunidade em diversos aspectos. Os orelhões permanentemente danificados; os furtos nas escolas, depredação nas praças de esportes e contra a iluminação pública são registros do vandalismo e infelizmente acontecem em todos os bairros da cidade.

MESMO que a presença de policiamento ostensivo possa nos trazer um pouco mais de tranquilidade e segurança, a ação dos vândalos é quase sempre fortuita e longe do alcance dos homens da lei. Em grupos, jovens aproveitam a calada da noite para aprontar contra o patrimônio alheio, promovendo baderna que quase sempre termina em prejuízos materiais.

COM O crescimento populacional do município e a falta de opções de lazer e entretenimento, sobra para os jovens a farra, a baderna, a bebida, o excesso de velocidade e a violência. Estes ingredientes, infelizmente, fazem parte do nosso cotidiano e é preciso adotar medidas que minimizem tais atitudes oferecendo, além da segurança, opções mais criativas para a juventude.

O GOVERNO também pode ampliar a atuação da Guarda Municipal, como complemento às ações da PM e da Polícia Civil. Braço importante do esquema de segurança no município a guarda, infelizmente, não tem um efetivo de pessoal que responda às necessidades da comunidade, deixando de contribuir de forma mais intensa para a segurança pública.

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