Editorial - Transporte sustentável

sexta-feira, 22 de junho de 2012
por Jornal A Voz da Serra

PESQUISA realizada pelo painel on-line do Ibope Conectaí, com 4.360 pessoas durante a Rio+20, revelou que mais de 75% dos brasileiros consideram usar a bicicleta como meio de transporte diário. No início da semana, a ONU-Habitat, agência das Nações Unidas responsável pelas cidades, lançou uma campanha incentivando as pessoas a trocar o carro por carona ou pelo uso de bicicletas.

EM TEMPOS de saturação do sistema de transporte nas metrópoles brasileiras, a cidade do Rio, que sedia a Conferência das Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável, oferece uma opção saudável, ecológica e econômica—a bicicleta. São centenas de quilômetros de ciclovias espalhados por muitos bairros, num exemplo que vale a pena ser copiado.

QUANDO as ciclovias começaram a ser construídas, havia 70 mil bicicletas na cidade. Anos depois, esse número multiplicou por 10, chegando hoje a quase um milhão. O aumento é expressivo, mas ainda não dá para concorrer com os milhões de carros que trafegam pelas ruas da capital do estado.

A CONVIVÊNCIA é desleal, porém, pode ser pacífica quando as leis entre veículos e bicicletas são respeitadas. O problema é que as pessoas não veem as bicicletas como um veículo. E é preciso lembrar que os ciclistas devem obedecer as leis previstas no Código de Trânsito Brasileiro e, por outro lado, devem ser igualmente respeitados. O problema é que a maioria não sabe disso, ou não respeita.

NOVA FRIBURGO possui inúmeras possibilidades de aumentar o número de ciclistas e de novas ciclovias. Além de ser um hábito ecologicamente correto, é uma alternativa para enfrentar os constantes engarrafamentos e o custo do transporte. Mas também é preciso fazer muita coisa, como criar sinalização específica para bicicletas e até alterar algumas regras para veículos, com a redução da velocidade em certas vias da cidade para maior segurança dos ciclistas e pedestres.

A BICICLETA poderia substituir o carro ou o ônibus no transporte de trabalhadores, no lazer e no esporte, se houvesse mais segurança no trânsito, novas ciclovias e a criação de faixas especiais nas ruas e avenidas. Se tal acontecesse, Nova Friburgo ganharia muito em controle da poluição, na diminuição dos engarrafamentos e no aumento da qualidade de vida de seus moradores, somando esforços para o desenvolvimento sustentável.

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