A VOZ DA Serra tem recebido, com frequência, mensagens de leitores exaltando a apresentação das bandas municipais em praça pública, agradando em cheio os moradores e turistas. Não raro, após as exibições, percebe-se a manifestação de contentamento com a promoção, com fartos elogios e pedidos de continuidade do projeto friburguense. A banda está na praça para orgulho de todos.
O PROJETO da Secretaria Municipal de Cultura consiste no rodízio de apresentações das bandas Euterpe e Campesina e resgata um importante nicho cultural da cidade que vem se mantendo ao longo dos anos. As centenárias bandas do município são verdadeiras escolas musicais, formando um renovado quadro de profissionais, cujas apresentações já são bem conhecidas do friburguense e também de diversos públicos de cidades brasileiras e estrangeiras por onde tocaram.
REVITALIZAR o convívio com as duas bandas friburguenses é um gesto de respeito às tradições culturais do município e divulga à comunidade um trabalho que só enche de orgulho os friburguenses. As duas bandas possuem um vasto currículo de apresentações deixando para trás as conhecidas retretas. Possuem instrumental de qualidade e, mais ainda, são bem coordenadas por seus respectivos maestros. Campesina e Euterpe se atualizam permanentemente, possuindo, para deleite de todos os ouvintes, um repertório de alta qualidade musical.
AS DUAS bandas, totalmente integradas aos momentos cívicos de Nova Friburgo, já não possuem o calor político da rivalidade de antigamente, que as rotulava com as preferências da situação ou da oposição partidária do momento. Por conta dessa rivalidade as agremiações passaram por dificuldades que, felizmente, foram superadas. Atualmente, as bandas recebem subvenções da Prefeitura e possuem um calendário de apresentações que garante a continuidade dos trabalhos.
ASSIM COMO outras iniciativas vitoriosas da Secretaria de Cultura, como a Oficina Escola de Artes de Nova Friburgo e a conclusão e manutenção do Corredor Cultural do Suspiro, o amparo às bandas centenárias também não poderia deixar de ser realçado. Afinal, trata-se de permitir que nossas mais antigas tradições culturais possam continuar em atividade, formando gerações de músicos e oferecendo espetáculos de alto nível.
A POLÍTICA, ao investir na cultura, não cumpre tão somente a sua função constitucional, de preservar a memória e as tradições nacionais. Mais que isto, age como gestor de uma prática de cidadania, oferecendo à população uma formação cultural quase sempre ausente dos bancos escolares. A democratização da cultura, pois, é dever do Estado, facilitando o acesso da população ao seu rico patrimônio cultural, estimulando a criação de grupos artísticos e promovendo a melhoria de qualidade de vida da comunidade. É investimento com lucro certo, hoje e sempre.
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