ALÉM DA dengue, que preocupa o governo em todos os níveis, outros vírus também fazem parte do rol de ações, como o controle de doenças de animais, envolvendo os diversos escalões em trabalhos de prevenção. Reunião neste sentido foi realizada em Nova Friburgo com a participação de técnicos do Ministério da Agricultura de todo o estado do Rio para discutir estratégias de campanhas e ações de conscientização dos produtores rurais.
EM BOA hora os governos decidem pela política de prevenção, como forma de evitar a entrada de doenças, como a febre aftosa, no estado do Rio. A medida busca preservar um rebanho que vem sendo permanentemente fiscalizado, através de outras medidas já adotadas pela Secretaria de Agricultura, sendo a principal a vacinação. Evita-se, assim, o estrago já apontado em estados como Mato Grosso do Sul, com a dizimação de milhares de cabeças e prejuízos elevados.
NUM PAÍS como o Brasil, com o maior rebanho mundial, estimado em 170 milhões de cabeça, o terceiro maior mercado de produção de suínos e em sexto lugar na produção de leite, a ocorrência de doenças é devastadora. Aliada à falta de fiscalização de nossas fronteiras internacionais e ao baixo investimento do governo federal em medidas preventivas, a disseminação de doenças nos animais deve mesmo ganhar a pauta das preocupações dos gestores federais, estaduais e municipais, protegendo os animais e a economia.
NO PLANO municipal, estes grandes inimigos não oferecem perigo real. Com um rebanho modesto, de cerca de 10 mil cabeças de gado, e a inexistência de granjas em terras friburguenses, o controle se restringe à fiscalização da vacinação, além de outras medidas tomadas por órgãos estaduais e federais na cidade em programas sanitários. Contudo, a Secretaria de Agricultura tem muito mais a realizar.
EXEMPLO recente de atuação foi dado pela secretaria estadual com o projeto de sinalização junto às estradas sobre as localizações das atividades agropecuárias. Como parte do maior polo de horticultura do estado, Nova Friburgo poderá explorar ainda muito mais as atividades que agregam valores à produção rural, como o agroturismo e o agronegócio, ainda mal explorados e sem políticas públicas de incremento e promoção.
EM TEMPOS de crise econômica, é preciso que o governo municipal adote soluções criativas para superar a má fase e não conte tão somente com as verbas oficiais. A crise chega ao friburguense e a busca pela melhoria da qualidade de vida, como a manutenção do emprego e a sobrevivência da economia local, deve estimular ainda mais os que governam a nossa cidade. A agricultura é um bom exemplo e, como um setor importante na economia municipal, deve manter-se atuante e produtiva com o apoio de todos.
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