Editorial - Sujou, galera

quinta-feira, 30 de abril de 2009
por Jornal A Voz da Serra

PESQUISA Mensal de Emprego do IBGE, divulgada na última sexta-feira, mostrou que a queda da oferta de empregos em março afetou principalmente os jovens com escolaridade entre oito e 10 anos de estudo. A taxa de desocupação entre jovens de 16 a 24 anos chegou a 21,1% em março e indica que o desemprego está afetando as famílias, atingindo todos os seus integrantes e não apenas os seus chefes.

O GRUPO apontado é o mais afetado pela crise devido à baixa escolaridade e à inexperiência e por mais que os governos se esforcem com políticas de primeiro emprego, as oportunidades são tímidas e não atendem a esse enorme contingente. Um presente de grego a mais a ser registrado neste Dia do Trabalho.

OS JOVENS quase sempre são os primeiros a sentir na pele os problemas sociais. São os preferidos pelo aliciamento do submundo do crime, são as maiores vítimas da violência, lideram estatísticas de mortes em acidentes do trânsito, são os menos assistidos pela educação e agora também pelo trabalho.

UMA TAREFA difícil para os governantes em todos os níveis tem sido a questão da juventude e suas perspectivas de vida, principalmente com o desenvolvimento econômico do país, abrindo inúmeras oportunidades de empregos. Preocupa com a mesma intensidade a formação educacional e o preparo adequado desse vasto segmento da população para atender à demanda que se projeta.

ATRAVÉS de lideranças políticas ao longo dos anos, Nova Friburgo construiu uma área educacional de relevante importância para o interior, com a vinda de universidades públicas e privadas para cá. A formação técnico-profissional também foi privilegiada com a instalação de um Centro Federal de Educação Tecnológica, abrindo para os jovens as portas para o primeiro emprego com perspectivas concretas de trabalho.

PORÉM, a juventude precisa mais. O primeiro emprego é o sonho que, se realizado, evitará os passos perigosos e quase sempre fatais da marginalidade. Não podemos deixar que o futuro se perca por falta de oportunidades civilizadas de emprego e renda. Não desejamos para os jovens o mercado informal nem a ilegalidade. Devemos, sim, dar-lhes condições de enfrentar os desafios com educação e trabalho.

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