A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF declarou, assim que chegou da reunião do G20 no último fim de semana, que o Brasil não seria o mesmo após o escândalo da Petrobras que manchou a imagem do país interna e externamente. E, desapontada com as apurações que atingem inclusive e principalmente o seu partido, prometeu um novo estilo de governança, ouvindo os contrários e compreendendo a preocupação da indústria e do comércio quanto à necessidade urgente de realizar reformas capazes de levar o país para o caminho do desenvolvimento.
SEGUNDO A RECEITA FEDERAL, a arrecadação federal bateu recorde e fechou setembro em R$ 90,722 bilhões, uma alta real (com correção da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,92% em relação a setembro do ano passado). Na comparação com agosto de 2014, houve queda de 4,42%. Isso mostra um recuo preocupante.
ENQUANTO O BRASIL não realizar a sonhada reforma tributária, as desigualdades irão persistir, punindo empresários e consumidores com uma carga pesada de tributos. Um alimento qualquer sofre os efeitos dos impostos, reduzindo a faixa de consumo, preocupando a produtividade e a longevidade das empresas. Fica impossível crescer com tamanha carga tributária.
OS EFEITOS DA TRIBUTAÇÃO, infelizmente, acontecem em todos os segmentos da sociedade, do doméstico ao industrial, penalizando a todos. Na liderança da carga tributária, o Estado certamente leva vantagem. Basta conferir uma conta de luz para saber, por baixo, o que o governo recolhe com os impostos.
PARA SAIR DA TIRANIA dos tributos, o jeito é economizar e os consumidores brasileiros, embora timidamente, já estão se dando conta de que assim entra mais dinheiro no bolso, pois o governo não é capaz de reduzir o seu ganho. Por conta da economia forçada, muita gente deixa de investir, fábricas não atualizam seus equipamentos, ninguém quer gastar mais se arriscando a pagar mais impostos. O consumo diminui de forma geral.
OS GOVERNOS MUNICIPAIS não têm força para mudar este quadro. Mas o Congresso, sim. Os futuros parlamentares em 2015 têm obrigação de cuidar do assunto, pressionando o governo com a força política dos cargos representativos. A reforma tributária certamente levará ao aumento da arrecadação, à abertura de novas empresas, ao desenvolvimento.
OS CANDIDATOS que estarão no Congresso Nacional representando o Estado do Rio devem assumir um compromisso com a reforma tributária, posto que, aprovando-a, estarão beneficiando todos os brasileiros, inclusive os que lhe deram os votos.
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