Editorial - Sinal verde - 15 de março 2011

terça-feira, 15 de março de 2011
por Jornal A Voz da Serra

A TERCEIRIZAÇÃO dos serviços da Zona de estacionamento rotativo anunciada semana passada pela Prefeitura, ampliando as atribuições da futura concessionária, que passará também a modernizar o controle de tráfego, é mais uma tentativa de racionalizar um ponto nevrálgico do município em sua infraestrutura. O trânsito friburguense não tem jeito, devido às poucas vias de circulação. Ruim assim, pior sem um controle efetivo para atenuar a estressante realidade.

O ATUAL superintendente da Autran, Celso Novaes, é um conhecedor das dificuldades viárias do município. Como primeiro gestor da autarquia, possui visão crítica das limitações e não esconde para ninguém, há anos, a difícil tarefa de atender ao fluxo com a rapidez e eficiência que se exige para suportar o número de veículos que circulam em Nova Friburgo – e que cresce a cada dia.

UNANIMIDADE friburguense, o trânsito é, de longe, o problema que mais transtorna a vida dos motoristas e pedestres. Desaparelhado, sem um quadro de fiscalização e apresentando um número cada vez maior de veículos em suas poucas ruas, Nova Friburgo precisa, mesmo, reestruturar tais atribuições, adequando-se à modernidade exigida pelo planejamento urbano.

EMBORA tenha feito algumas mudanças no secretariado, o prefeito Dermeval Neto continua tentando desatar o nó que impede a Autran de funcionar plenamente, exercendo fiscalização e promovendo mudanças que possibilitem uma melhoria do serviço público. O esforço político, contudo, até agora não foi suficiente para suprir as dificuldades, o que poderá mudar com a perspectiva da sua modernização.

MAIS importante que todas as mudanças promovidas na Prefeitura é constatar a dura realidade dos dias atuais, sendo o transporte um dos mais graves exemplos do município, onde sobram placas proibitivas e faltam vagas para os mais de 70 mil veículos aqui emplacados e muitos outros que buscam Nova Friburgo para o turismo e negócios. Este desafio deverá ser combatido pelas autoridades, também.

MORADORES e turistas lamentam as dificuldades e pedem a necessária modificação para permitir um livre escoamento do tráfego, pois até agora não se pode constatar avanço algum. Resultado: um trânsito que, a princípio, não deverá mudar com a velocidade exigida. Resta aguardar as mudanças ora propostas pelo governo.

O TRÂNSITO tem sido o responsável pela bagunça generalizada nas grandes metrópoles brasileiras e o mal se alastra pelas pequenas e médias cidades, como Nova Friburgo. Buscar novas soluções não está somente nas cabeças dos motoristas. Nossas autoridades, felizmente, estão acordando para esta realidade, evitando prejuízos evidentes para toda a comunidade. Quem sabe a nova proposta da Autran será capaz de promover a tão sonhada mudança?

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