OS ALTOS lucros demonstrados pelas operadoras de telefonia no Brasil não justificam o desleixo com os serviços prestados à população, que fica à mercê dos interesses dos donos dos negócios, privando-se muitas vezes de um serviço dito público, porém inacessível a quem procura. É o caso dos orelhões.
TRATA-SE de um serviço público prestado sem a menor consideração com os usuários, que utilizam o orelhão por sua praticidade e economia. Poucos estão em funcionamento e a manutenção é deficiente, deixando a população sem este imprescindível instrumento de comunicação. Os que funcionam estão em mal estado de conservação e sujos. A reportagem de ontem de AVS confirmou, infelizmente, que nada melhorou.
PARA UMA cidade com tradição turística, com uma economia marcante na região e bons indicadores de desenvolvimento humano, o serviço de telecomunicações fica a desejar. Há no município um número insuficiente de aparelhos, sendo muitos ‘em manutenção’, vale dizer, mudos.
O RESULTADO é uma revolta constante da comunidade pela baixa qualidade oferecida, sendo que o problema não se restringe apenas à área urbana, prejudicando também as comunidades rurais, inclusive nos fechamentos de negócios, pois a telefonia celular chega a todas as localidades.
QUEM precisa usar um orelhão em Nova Friburgo sabe as dificuldades de se conseguir um em condições. Ora quebrados, ora emporcalhados, são equipamentos indispensáveis à população e não podem viver simplesmente sob os efeitos de uma ação destruidora. É preciso mais respeito ao bem comum e também um melhor serviço de manutenção para suprir as necessidades dos usuários.
ASSIM como Anatel, que regulamenta as atividades do setor no país, o governo municipal pode fazer a sua parte pressionando as autoridades no sentido de melhorar as telecomunicações na cidade. Com os enormes avanços apresentados no setor, é inadmissível que Nova Friburgo não receba plenamente os benefícios dessa modernidade.
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