Editorial - Sem solução

terça-feira, 06 de março de 2012
por Jornal A Voz da Serra

MAIS UMA vez o magistério público municipal sai perdendo no seu reconhecimento como categoria profissional imprescindível ao desenvolvimento de qualquer cidade. Vital, até. Ao definir o valor do piso da categoria para 2012 em R$ 1.451,00 o município esbarra na Lei de Responsabilidade Fiscal para pagar o que manda a lei sem descumprir outra lei. Refém da LRF, o município não tem dinheiro para reajustar qualquer categoria.

VALORIZAR os professores é uma meta inatingível. Em todas as cidades, é consenso a decepção da categoria com os rumos da educação, vitimada por todos os lados, inclusive na integridade física de quem está ali para ensinar. Dar valor a este contingente de profissionais, promovendo seu aperfeiçoamento e pagando-lhes salários dignos, é o desafio imediato para quem quer formar gerações de cérebros no futuro.

A EDUCAÇÃO friburguense, para melhorar, depende de investimentos e isso vai depender de articulação política do governo municipal em todas as esferas. O aluno quer a melhoria da educação que lhe é oferecida e esta expectativa não pode ser frustrada, sob o risco de comprometer o futuro de milhares de jovens cidadãos e o desenvolvimento de Nova Friburgo, já tão abalado pelos acontecimentos.

NEM SÓ os professores municipais sofrem com a falta de estímulos. Pesquisas apontam, e os governantes sabem, que o Rio de Janeiro paga um dos piores salários ao magistério dentre os estados brasileiros. Um resultado destoante de um estado comprometido com grandes conquistas que motivam e impulsionam a juventude, como as Olimpíadas e mesmo a produção do Pré-Sal pela Petrobras, que dará mais recursos para a educação.

O PRÉ-SAL não é um problema do governo tão-somente. E muito menos motivo de barganha política e ambição eleitoral. Sua riqueza proporcionará dias melhores para as novas gerações, provavelmente erradicando a pobreza no país. Mas até lá temos um longo caminho a percorrer. Começa na formação de quem estará formando os futuros trabalhadores.

SE temos a certeza que a educação é a salvação, então que se comece agora o preparativo para esta grande mudança, valorizando a nobre missão. O futuro está na sala de aula, com o professor e os alunos.

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