Editorial - Sem sangue nas veias.

quarta-feira, 02 de dezembro de 2009
por Jornal A Voz da Serra

HÁ ANOS este jornal vem promovendo a campanha de doação de sangue como gesto de cidadania e solidariedade. Reportagens e opiniões vêm sendo publicadas por A VOZ DA SERRA, ressaltando este nobre gesto de salvação. Porém, nem sempre os esforços dependem somente da população que vai às instalações modestas do atual banco de sangue no Hospital Raul Sertã. O poder público também deve fazer a sua parte.

HÁ 4 anos o governo estadual inaugurou a obra do que seria o Hemocentro da região serrana, comemorado inclusive com a doação de uma unidade móvel de coleta de sangue junto aos municípios que compõem a sua área de atuação. Pois bem. Hoje, tanto tempo depois, o que restou? Um prédio deteriorado e um ônibus desaparecido nas mãos do estado.

O MÊS que está começando, além das festas natalinas, também preocupa pelo início das férias escolares, o verão, as estradas, velocidade, bebidas e acidentes. O somatório não dá bom resultado e as medidas de prevenção devem ser tomadas antes que o pior aconteça. O estoque mínimo do banco de sangue é um desses componentes.

EM FUNÇÃO da abrangência do Hemocentro na região Centro-Norte, fornecendo sangue para todos os hospitais da rede pública, além de diversos particulares de 13 municípios, a doação se torna necessária para atender a essa população. O gesto solidário tem sido demonstrado em todas as cidades onde o Hemocentro faz campanhas e coletas, recebendo da população a adesão voluntária e espontânea.

PORÉM, sem o reconhecimento do governo quanto à finalização da obra e o desembaraço total para funcionar plenamente, o Hemocentro Região Serrana continuará sem estrutura para receber mais e mais doadores e atender plenamente as suas necessidades. A hora é de somar os esforços, portanto.

O ESTOQUE do Hemocentro só poderá se normalizar através da conscientização da sociedade para a importância do ato voluntário e de decisões da administração pública. A solidariedade friburguense está garantida, como se vê, sempre que instada a fazer. É preciso, então, que o poder público faça a sua parte.

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