Editorial - Sem o que comemorar

segunda-feira, 12 de outubro de 2009
por Jornal A Voz da Serra

DUAS notícias divulgadas esta semana mostram as dificuldades que o brasileiro encontra no país das Olimpíadas e do pré-sal. Quinta-feira, o ministro da Economia, Guido Mantega, admitiu atraso na devolução dos lotes do imposto de renda de pessoa jurídica devido à queda na arrecadação do governo. A outra: dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostram que 36% do total produzido no país nos primeiros seis meses do ano foram pagos em impostos.

A ELEVADA carga tributária nacional faz vítimas em todas as classes sociais do Brasil. Uma simples conta de luz vem repleta de tributos e impostos que aumentam em mais de um terço o valor pago efetivamente pelo consumo. Existem casos piores, principalmente para os adoradores da cachaça, que pagam 81,8% de imposto, ou o fumante, que deixa 80,4% para o Leão, ou o viciado em videogames, que desembolsa 72,1% para o governo.

A TÃO sonhada reforma tributária ainda não conseguiu sair do papel e a conclusão é drástica: o ano vai-se embora e até o momento a proposta não apareceu na pauta de discussão do Congresso. Enquanto não sai, estados e municípios ficam impossibilitados de empreender as reformas nas suas respectivas bases. No caso friburguense, o dilema é o mesmo.

AS MÚLTIPLAS facetas da economia friburguense, com forte vocação industrial, exigem dos poderes públicos medidas que possam dar continuidade a esse processo histórico de formação econômica, ampliando o parque industrial e, consequentemente, gerando novos empregos. O crescimento das exportações friburguenses e a consolidação das indústrias metal mecânicas e de moda íntima são fortes indicadores para a ampliação de políticas de incentivo e promoção.

A REFORMA desejada pelas classes produtivas e também pela sociedade precisa ser agilizada em nome do crescimento nacional. Caso contrário, o país ficará refém de suas políticas econômicas muitas vezes desastradas e impede que a sociedade consiga avançar. A reforma não é necessária. É vital para o Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade