A ASSEMBLEIA Legislativa do estado vai realizar, a pedido da Comissão de Agricultura, uma audiência pública para discutir a telefonia e a internet no meio rural. A notícia não é nova, nem os problemas decorrentes da falta de estrutura no meio rural. Comunicar-se no campo só mesmo no grito já que não há telefonia nem estradas confiáveis.
FRIBURGO tem sido penalizada com a ineficiência do sistema de comunicação rural dos seus primórdios aos dias de hoje. Nem as promessas de deputados, senadores e até do governador conseguiram romper o silêncio dos aparelhos celulares e mais ainda conectar-se à rede mundial de computadores. Ninguém mudou até agora a situação do meio rural fluminense. O campo está mudo.
CURIOSAMENTE, a agricultura e a pecuária do estado têm inúmeros padrinhos na Alerj, a começar pelo presidente da Casa, um conhecido pecuarista, e o presidente da Comissão de Agricultura, o deputado Rogério Cabral, produtor rural friburguense. Mas nada foi feito em benefício do campo, da agricultura familiar e do trabalhador rural. O estado do Rio patina na economia rural, o agronegócio.
HÁ ALGUNS anos foi criada no Norte fluminense a Bolsa do Agronegócio, que serve para os produtores rurais da região oferecer seus produtos sem a participação de intermediários. A medida tem impacto direto na economia rural dos municípios abrangidos, oferecendo métodos menos exploradores da comercialização de hortifrutigranjeiros. Uma boa medida, sem dúvida, que beneficia diretamente os produtores.
O MODELO, contudo, não foi estendido aos demais municípios, em todas as regiões do estado, de acordo com as vocações agrícolas de cada uma. Os produtores continuam sem ter acesso a informações, via internet, sobre os preços no Ceasa e no mercado atacadista, por meio de links como o do Balcão do Agronegócio do Banco do Brasil e o do Sistema de Informações do Mercado Agrícola, da Secretaria de Agricultura, entre outras informações para o desenvolvimento rural.
ASSIM COMO no Norte fluminense, o governo estadual também deveria fomentar a produção agrícola, oferecendo fontes de financiamento e assessoramento técnico, haja vista a produtividade rural municipal e sua importância na geração de empregos e na economia friburguense. O município, devido à sua importância para a alimentação fluminense, precisa de estímulos que vão além das frases de efeito ou das promessas governamentais. Com uma agricultura familiar expressiva, já é hora de o governo voltar-se para o campo. Com lógica e logística.
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