EM BOA hora o governo estadual enviou à Alerj projeto de lei que prevê a substituição das sacolas de plástico por bolsas reutilizáveis nos estabelecimentos comerciais. Pretende, assim, acabar com o uso de produtos de origem sintética vindos do petróleo, por não serem biodegradáveis como as sacolas que hoje causam sérios danos ao ambiente.
OS ESTABELECIMENTOS comerciais que fazem uso das sacolas plásticas terão de seis meses a três anos para efetuar a substituição, a contar da entrada em vigor da lei. Depois de transcorrido o prazo, os lojistas que não cumprirem a lei serão obrigados a ‘comprar’ sacolas dos clientes, através de vales-compras, permutas por gêneros alimentícios ou mesmo pagando um valor por sacola.
EMBORA alguns estados brasileiros estejam avançados nas políticas ambientais, como faz agora o Rio de Janeiro, o cidadão comum ainda não se preocupa com o excessivo lixo produzido pelas sacolas de plástico, principalmente nos supermercados e no comércio em geral, gerando um passivo ambiental que a cada dia se acumula mais.
SACOLAS, latinhas, garrafas e um sem número de embalagens ajudam a sujar as cidades brasileiras, sem que as autoridades consigam, sozinhas, dar conta do enorme passivo. Exemplo salutar vem do estado do Paraná, através do programa Desperdício Zero, que tem como objetivo reduzir em 30% o volume de lixo gerado e eliminar os lixões a céu aberto. Lá, de cada 100 sacolas usadas, apenas 15 retornam para reciclagem - ou seja, 85 ficam perdidas e espalhadas.
A EXTINÇÃO das sacolas deveria ser imitada pelas cidades em todo o país, inclusive em Nova Friburgo. A sociedade, aos poucos, vem assimilando este indigesto lixo, e está se conscientizando de sua redução, cuja causa está na sua origem e não somente no usuário. A mudança deve partir de quem produz.
ALGUMAS medidas no sentido da coleta seletiva de lixo já são tomadas pelas prefeituras, mas não atendem plenamente ao que é gerado pela população, deixando a captação destes a cargos dos catadores cooperativados ou não, que se encarregam de sua coleta e comercialização. É preciso uma política pública que ofereça condições de se reduzir o lixo na cidade. Soluções existem muitas.
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