Editorial - Rota eleitoral

terça-feira, 19 de janeiro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

AOS POUCOS Nova Friburgo começa a retomar a rotina do início do ano ‘pra valer’. Por conta do recesso parlamentar, o Legislativo ainda não mostrou trabalho em 2010, vivendo mesmo assim, um ano de grandes perspectivas eleitorais. Este será um ano de sucessões e reeleições.

A ROTINA também é dos candidatos que pleiteiam cargos públicos alavancando propostas e planos para que o município consiga manter a representação no parlamento fluminense, coisa que não acontece há muitos anos. Mais de uma dezena de homens públicos desejam os milhares de votos friburguenses, porém, poucos, além dos parlamentares eleitos, surgiram com propostas convincentes capazes de encantar o eleitorado, que fica à mercê de outras propostas.

AS PRÉ-candidaturas ainda não incorporaram um diálogo com a comunidade, aguardando o momento da confirmação de seus nomes nas convenções partidárias que ocorrerão até junho e não assumiram, até então, uma postura de candidato legítimo. O tempo, porém, é implacável e corre contra todos. Falta muito pouco para o país novamente cair na emoção dos gols com a Copa, esquecendo momentaneamente, as dificuldades do cotidiano, inclusive do universo político.

A REALIDADE exige do candidato um posicionamento mais agressivo, tendo em vista o curto espaço que de que dispõe para um diálogo com a sociedade. O eleitorado, cansado das promessas e dos políticos, irá cobrar nas urnas o mau desempenho da classe que o representa e poderá assistir ao ocaso de figuras tradicionais em favor de candidaturas que estão se firmando no universo político como representantes regionais.

A REGIÃO Centro-Norte terá, outra vez, a possibilidade de eleger e reeleger representantes locais e aguarda que surjam nomes para levantar as principais bandeiras do desenvolvimento integrado de 13 municípios, hoje tratados sob a visão restrita do micro-desenvolvimento, quando na verdade os seus problemas ultrapassam as fronteiras municipais. Harmonizar tantas pretensões é, portanto, tarefa principal de um candidato integrado às diferentes situações, porém com vistas a um futuro político comum.

CADA VEZ mais se torna evidente a necessidade de se manter e até mesmo ampliar a representação local nos parlamentos superiores, no Rio e em Brasília, permitindo uma renovação do atual quadro representativo, hoje bastante desgastado. Figurões na política fluminense também estão sob o foco de investigações, abrindo espaço para outros nomes.

NOVA FRIBURGO pode sair fortalecida novamente neste pleito. É preciso, contudo, que a sociedade também expresse a sua preferência por candidaturas locais, que muitas vezes são ignoradas em detrimento de nomes fora do contexto municipal. E mais ainda, quando eleitos, não fazem além de obras pontuais, sem se preocupar com políticas regionais. A hora de mudar a situação é esta e da união certamente se obterá a vitória, capaz de alterar o quadro representativo do Centro-Norte.

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