Editorial - Risco diário - 6 de janeiro de 2011

quinta-feira, 06 de janeiro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

AS 38 MORTES ocorridas no trânsito de Nova Friburgo em 2010 apontam para um problema que parece não ter solução em curto prazo. Mais uma vez A VOZ DA SERRA noticia em sua edição atropelamentos e colisões com vítimas provocadas pelo excessivo número de veículos, sinalização inadequada ou inexistente, imprudência e a alta velocidade. E ao que parece estamos longe de deixar de noticiá-las.

OS PEDESTRES, infelizmente, são vítimas de acidentes por falta de atenção e conscientização sobre os riscos dessa difícil convivência. O resultado é muitas vezes a perda de vidas ou consequências danosas como sequelas, prejuízos materiais e gastos financeiros desnecessários para familiares e o próprio Estado.

PISTAS como a Avenida Roberto Silveira e as avenidas que margeiam o Rio Bengalas se transformam em vilãs de pedestres, pois, velozes e sem oferecerem uma segura condição de travessia, são arriscadas a toda hora do dia. E também as rodovias estaduais existentes no município, que sofrem com a falta de manutenção correta e com os efeitos da natureza como deslizamentos e quedas de barreiras por ocasião das chuvas.

POR MAIS que se aborde o assunto com frequência, e por mais que as autoridades prometam melhorias, percebe-se o desinteresse de muitos sobre o assunto, que preferem arriscar a vida podendo mesmo perdê-la por desatenção. O Brasil é campeão em acidentes e também em vítimas do trânsito, levando as autoridades a se preocuparem bastante com o problema. Diariamente a mídia dá conta desses acidentes, indicando que infelizmente a tendência não é diminuir, como o foi agora mesmo durante as festas de fim de ano.

PARA QUE a estatística não aumente, torna-se necessário uma ampla campanha de conscientização levando motoristas e pedestres a compreender a extensão da grave situação, visando à diminuição de acidentes. Porém, a proposta não depende apenas do governo. Depende, fundamentalmente, da sociedade organizada, notadamente os meios educacionais, desencadeando um processo de informação que começa bem cedo, ainda nos bancos escolares.

A Autran está disciplinando o trânsito na cidade e o chamado ”choque de ordem” lançado há mais de dois anos pela Prefeitura vem sendo adotado de forma cautelosa, com êxito em diversas ocasiões. Porém, não basta apenas vigiar e punir com multas ou reboques. É preciso informar, educar e conscientizar. Tal tarefa, contudo, não se executa em apenas um dia. É um trabalho de longo prazo, que exigirá também uma forte presença do poder público com o investimento necessário.

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