AS PICHAÇÕES na Praça Dermeval Barbosa Moreira, como mostrou A VOZ DA SERRA em sua edição de ontem, são mais um ato de vandalismo que se somam a tantos outros existentes na cidade, pelo centro e pelos bairros. Cartão-postal da cidade, a praça abriga o principal centro de informações, onde os turistas podem aproveitar as boas coisas de Nova Friburgo e não deveria portanto parecer suja e abandonada pelo poder público.
ALÉM DAS pichações, recentemente a comunidade foi surpreendida com o sumiço da imagem de São Cristovão, padroeiro dos motoristas, colocada na Praça Getúlio Vargas próximo ao ponto central dos taxistas e felizmente recuperada. Se o local, policiado e fartamente utilizado pela comunidade, não está imune à ação vândala, o que dizer dos bairros e distritos?
MESMO QUE a presença de policiamento ostensivo possa nos trazer um pouco mais de tranquilidade e segurança, a ação dos vândalos é quase sempre fortuita e longe do alcance da polícia. Em grupos, jovens aproveitam a calada da noite para aprontar contra o patrimônio alheio, promovendo baderna que quase sempre termina em prejuízos materiais.
O CRESCIMENTO populacional do município e a falta de opções de lazer, cultura e entretenimento, levaram os jovens para a farra, a baderna, a bebida, o excesso de velocidade e a violência. Estes ingredientes, infelizmente, fazem parte do nosso cotidiano e é preciso adotar medidas que minimizem tais atitudes oferecendo, além da segurança, opções mais criativas para a juventude.
O GOVERNO também pode ampliar a atuação da Guarda Municipal, como complemento às ações da PM e da Polícia Civil. Braço importante do esquema de segurança no município, a Guarda, que recentemente recebeu veículos para a ronda, ainda carece de um efetivo que responda às necessidades da comunidade, o que contribuiria de forma mais intensa para a segurança pública.
PORÉM, o antídoto contra tais danos ao patrimônio é a mudança de atitude dos cidadãos, respeitando o bem público. O município passa por uma séria crise econômica, aliada ao longo trabalho de reconstrução das áreas atingidas na tragédia de 2011. E mudar este cenário desfigurado requer predisposição da comunidade para enfrentar estes desafios.
É A POPULAÇÃO quem mais sofre os efeitos danosos da irresponsabilidade de alguns, como também é ela quem pode modificar este quadro. Este deve ser um compromisso de toda a sociedade, e não apenas do governo.
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