O SECRETÁRIO de Educação, Marcelo Verly, como demonstrou em recente apresentação na Câmara Municipal sobre a atuação de sua pasta frente à catástrofe de 12 de janeiro, terá em 2011 e nos próximos anos, um grande desafio, qual seja o de manter a estrutura física da rede pública abrigando com segurança milhares de jovens friburguenses. E, mais ainda, promover a qualidade do ensino público com vistas à formação de novas gerações, com um quadro de professores dispostos a levar adiante tão nobre missão.
VALORIZAÇÃO é a palavra que não cabe no dicionário do professor. Em todas as cidades, é consenso a decepção da categoria com os rumos da educação, vitimada por todos os lados, inclusive em sua integridade física, onde já se assiste agressões a professor apanhando de aluno dentro da escola. Desenvolver este fundamental contingente de profissionais, promovendo seu aperfeiçoamento e pagando-lhes salários dignos é o desafio imediato para quem quer formar gerações de cérebros no futuro.
PESQUISA recente sobre salários dos profissionais da rede estadual em todo o país, feita em 2010, mostrou que o Rio de Janeiro paga o décimo quarto salário no ranking dos estados brasileiros. Mau resultado para um estado que tem sérios compromissos com o país e o mundo, como o Pré-sal, as Olimpíadas, a Copa do Mundo e outros eventos internacionais que motivam e impulsionam a juventude.
QUANDO assumiu o governo municipal, há dois anos, o prefeito propôs uma mudança radical na educação friburguense, com fim da reprovação automática e a criação de turno único para os alunos da rede pública. As promessas permanecem, contando com as limitações financeiras e a falta de infraestrutura para construir escolas preparadas para receber os alunos em tempo integral.
O ENSINO friburguense depende de investimentos para a sua melhoria e a obtenção de recursos vai depender de articulação política do governo municipal em todas as esferas. O aluno quer a melhoria da educação que lhe é oferecida e esta expectativa não pode ser frustrada, sob o risco de comprometer o futuro de milhares de jovens cidadãos e o desenvolvimento de Nova Friburgo, já tão abalado pelos acontecimentos. É hora de reagir pela educação.
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