UMA RADIOGRAFIA do PIB do agronegócio fluminense deverá estar pronta até maio, e, segundo a secretaria estadual de Agricultura, irá demonstrar que o agronegócio participa muito mais que os atuais 1,2% do PIB estadual, agregando valores das atividades relacionadas ao negócio, que podem elevar a participação do setor para 10% ou mesmo 20% do PIB do estado.
A PESQUISA encomendada pela Federação de Agricultura do Rio de Janeiro será um excelente subsídio para as autoridades traçarem políticas públicas para o agronegócio, beneficiando inclusive Nova Friburgo. Dentro das perspectivas de recuperação e crescimento, este setor tem peso considerável e, mais ainda, possibilidades concretas de desenvolvimento.
O TRABALHO realizado pela secretaria municipal de Agricultura tem apoiado o agricultor, através de políticas de aumento da produtividade. Porém, não tem sido suficiente para fazer crescer este setor da economia, que precisa, além das verbas, de assistência técnica e fomento à pesquisa pela iniciativa privada, além de infraestrutura de serviços públicos.
O PROGRESSO da área rural, lamentavelmente, esbarra em dificuldades estruturais, como a ausência de malha viária confiável, de telefonia móvel e da internet. Até agora as autoridades não conseguiram reverter a exclusão social, que vem impedindo o acesso à informação e ao negócio de produtores rurais e seus familiares.
CERCA de 85% do total de propriedades rurais do país pertence a grupos familiares. São milhões de pessoas que têm na atividade agrícola praticamente sua única alternativa de vida, em mais de 5 milhões de estabelecimentos familiares, ou 70% da população ocupada no campo. Nova Friburgo também possui as mesmas características e as mesmas necessidades.
PARA fortalecer a agricultura familiar é necessário estabelecer um projeto de crescimento sustentável que leve em conta o seu enorme potencial econômico, e também a sua dimensão sociocultural e ambiental. A área rural friburguense, apesar das perdas sofridas com a chuva de 2011, oferece todas as condições para um pleno desenvolvimento e só precisa receber das autoridades a atenção que merece.
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