Editorial - Promessas que duram - 15 de dezembro 2011

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

O DISCURSO da presidenta Dilma Rousseff, na abertura dos trabalhos do Congresso, no início de seu mandato, em fevereiro passado, foi visto como um esforço do governo para minimizar—ou eliminar—as consequências trágicas das chuvas que anualmente ceifam vidas em todo o país e que na região serrana do Rio foram inclementes com a população. Sua proposta foi estabelecer um pacto contra a repetição de fatos como os ocorridos no dia 12 de janeiro.

NENHUM país tem condições de evitar completamente as tragédias naturais, porém, seus efeitos podem ser simplificados se o poder público estabelecer metas concretas de reassentamento da população que vive em áreas de risco e de prevenção contra as chuvas. Um desafio que a governante enfrentou logo nos primeiros dias de seu governo e que segundo prometeu não deverá se repetir nos próximos anos.

A AÇÃO de reconstrução foi bem vista pela população, principalmente em Nova Friburgo. A forte presença do governo estadual com máquinas, equipamentos e recursos financeiros foram indicativos que apontam para a superação das dificuldades enfrentadas pela classe empresarial e pela comunidade. O esforço do vice-governador Luiz Fernando Pezão em fazer retomar a normalidade na região foi o melhor exemplo dessa disposição.

A PRESENÇA do político em tempo integral à frente dos trabalhos de reconstrução deu uma certeza de que as promessas não ficariam no ar sem respostas. Porém, os recursos chegaram, embora com alguma morosidade e a iniciativa privada teve condições de reerguer parcialmente suas atividades, normalizando a produção e garantindo os empregos de milhares de trabalhadores. Mas ainda há muito por fazer.

NOVA FRIBURGO se recupera aos poucos da tragédia e os trabalhos não deverão acabar tão cedo. O longo processo de recuperação econômica, entretanto, está sendo bem conduzido e as perspectivas de volta à normalidade dão um alento à população. O tempo será longo, porém, esperançoso. As autoridades, ao que parece, não estão dando as costas para este grave problema na região.

A VONTADE expressa da presidenta trouxe um pouco mais de alívio para a população serrana, mas não conseguiu reverter esta adversa situação. O governo continua empenhado. Agora, vale aguardar, de fato, que os trabalhos consigam chegar ao fim e que os recursos financeiros sejam, efetivamente, liberados para a nossa pronta recuperação. Este é o desejo de todos os friburguenses para 2012.

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