EDITORIAL - Promessas ano a ano

domingo, 24 de agosto de 2014
por Jornal A Voz da Serra

EMBORA o governo brasileiro tenha contestado os índices de desenvolvimento humano, principalmente a educação, que não evoluiu muito de acordo com as pesquisas da ONU realizadas em 172 países, no conhecido IDH, a educação no Brasil ainda continua decepcionando. Prova disso tem sido o empenho da presidente Dilma Roussef em dar prioridade ao assunto em seu governo e os índices que são apurados com frequência.

ESTUDO do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) divulgado em maio mostrou que o Brasil registrou no ano passado a maior taxa de reprovação no ensino médio desde 1999. Em 2013, de todos os alunos matriculados em um dos três anos do ensino médio, 13,1% repetiram a série feita no ano anterior. No Estado do Rio os índices estão melhorando ano a ano. 

EM FRIBURGO, uma das promessas do prefeito eleito Heródoto na sua tumultuada gestão, iniciada em 2009, era com a educação e durante sua campanha eleitoral prometia uma mudança radical no ensino friburguense, com diversas medidas, dentre elas a criação de turno único para os alunos da rede pública. Saíram Heródoto e seus sucessores e até hoje, no governo Rogério Cabral,  infelizmente, o assunto não evoluiu.

O DESAFIO para atingir as metas propostas permanece inalterado quase seis anos depois de sua posse e dos governos que o sucederam na interinidade. O governo tem limitações financeiras para concretizar este sonho e, além disso, precisa construir novas escolas que comportem a presença permanente do aluno na escola, com toda a infraestrutura necessária. 

APRIMORAR o quadro de professores também é outro desafio para responder a esta exigência.  Quase sempre recebendo salários irrisórios, além de enfrentar toda a sorte de dificuldades estruturais, de aprendizado e especialização, além de material, o professor não poderá ficar ausente da discussão, oferecendo novos caminhos para a sua qualificação e consequente valorização.

AS MEDIDAS propostas na época continuam válidas neste ano eleitoral, principalmente quando o assunto é prioritário como a educação. Assim como a saúde, o ensino friburguense depende de investimentos para a sua melhoria e a obtenção de recursos só será possível com a articulação política do governo municipal em todas as esferas. Um desafio para o prefeito enfrentar com o futuro governo federal e estadual.


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