OS MOTORISTAS estão atentos em Nova Friburgo. A pintura de meio-fios, delimitando novas áreas de estacionamento no centro da cidade resolveu o problema de muitas ruas que ficam congestionadas devido ao excesso de automóveis. Porém, empurrou os motoristas para os estacionamentos particulares que proliferam no centro da cidade, para inconformismo de usuários.
RUAS QUE até agora viviam sobrecarregadas com o trânsito e o estacionamento irregular finalmente foram revistas pela Autran, que passou a tinta amarela impedindo o estacionamento. E quem teimar, pagará caro, com uma multa, risco de reboque ou, ainda, a única alternativa que resta: correr para os estacionamentos pagos.
O ESFORÇO do governo com o chamado “choque de ordem” parece que está surtindo efeito, porém, também é preciso levar a lei a todos os infratores e ainda disciplinar o uso das vagas pelas diversas repartições públicas principalmente no centro da cidade. Placas e placas proibitivas aos normais motoristas nem sempre funcionam para os inúmeros beneficiários do poder que estacionam em locais privilegiados, quase sempre na porta do serviço, indiferentes ao sufoco dos demais.
É CONHECIDA por friburguenses e turistas a dificuldade de estacionar seus veículos no centro da cidade e as promessas do governo ainda não mudaram a impressão generalizada. A proposta do governo com a zona de estacionamento rotativo, ZERO, prevista para entrar em funcionamento ainda em novembro, poderá melhorar mas não resolverá a insolúvel questão: muitos carros para poucas vagas.
OS NÚMEROS são expressivos e reforçam a necessidade de se adotar uma política de trânsito mais eficaz. São mais de 65 mil veículos licenciados no município, trafegando por vias saturadas e sem opções de escoamento. Além disso, em pouco tempo, milhares de motocicletas invadiram as ruas como o mais eficiente veículo no trânsito, impondo uma nova convivência com a população, sem falar no constante vaivém da RJ-116 por todo o perímetro urbano.
AO CONTRÁRIO do que todos desejam, o número de veículos continuará crescendo. O setor automotivo está em permanente expansão, oferecendo mais comodidade para os cidadãos e novos milhões estão previstos para os próximos três anos. E preocupação para os governos. Com o atual sistema viário e a fragilidade de nossas pistas, os futuros veículos encontrarão as mesmas dificuldades daqueles que hoje já enfrentam nossas saturadas ruas. Cabe ao governo sinalizar para que o caos não se instale.
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