Editorial - Presença indesejável.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009
por Jornal A Voz da Serra

JÁ NÃO é novidade para nenhum brasileiro a disseminação da gripe suína por todos o país e agora o friburguense confirma a expansão incontrolável do vírus. Vinte e quatro casos suspeitos estão sendo investigados pelas autoridades de saúde do município, mas o avanço da gripe independe dos esforços burocráticos que estão sendo tomados atualmente.

GRUPOS de risco estão sendo identificados, como as grávidas e os obesos; muitas atividades estão suspensas, como as aulas e o funcionamento das creches; muitas viagens são canceladas e campanhas de prevenção estão frequentemente na mídia informando a melhor forma de ficar longe da gripe. Porém, o seu avanço é mais rápido e a propagação aponta para números elevados de contaminados a cada divulgação.

MUITOS cuidados podem ser tomados e a população tem aderido às recomendações evitando inclusive aglomerações, festividades, até mesmo utilizando máscaras, sem falar na lavagem periódica das mãos. Além disso, a rede hospitalar não responde às necessidades e aos anseios com a velocidade que se imagina. Os testes são demorados, a vacina não está pronta e há uma distribuição controlada de medicamentos.

SEGUNDO a Organização Mundial de Saúde, até o fim da pandemia, entre 15% e 45% da população mundial terá sido infectada pelo novo vírus. Isto dá uma média de 2 bilhões de pessoas, porém o número poderá ser bem maior, já que em muitos casos os sintomas são tão leves que não se percebem. Também não há como determinar a taxa de mortalidade do vírus H1N1.

A GRIPE suína não deve ser motivo para se buscar a automedicação nem de alarmismo exagerado por parte da população. Embora exista a natural precaução, o mais importante no momento é ouvir os conselhos das autoridades médicas e não se impressionar com algumas notícias alarmistas, procurando sempre a informação correta.

AS AUTORIDADES médicas estão atentas aos casos e supostos casos existentes em Nova Friburgo e, como as demais cidades, seguem um rigoroso protocolo determinado pelo Ministério da Saúde, especificando ações de atendimento e de prevenção. A população também deve fazer a sua parte, evitando possíveis contágios com ações mínimas de prevenção. A gripe veio para ficar. Agora, é esperar a vacina.

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