Editorial - Por uma cidade melhor

terça-feira, 11 de maio de 2010
por Jornal A Voz da Serra

NA SEMANA em que comemoramos mais um aniversário (192 anos) de fundação da cidade, algumas constatações nos deixam longe de atingir a tão sonhada qualidade de vida. O trânsito em Nova Friburgo, por exemplo, vem se constituindo, mais que um desafio aos políticos, numa longa jornada que, ao que parece, está longe de seu final feliz.

A MUDANÇA no trânsito do Paissandu, implantada pela Autran em julho do ano passado, ajudou a descongestionar um cruzamento crucial para o fluxo de veículos naquela praça, mas a felicidade não durou muito tempo. Em menos de um ano aquele local voltou a ser o sacrifício de motoristas que são obrigados a passar por ali. O trânsito friburguense requer uma intervenção maior por parte dos governos.

O NÚMERO de veículos e as poucas opções de tráfego nas ruas e avenidas continuam esperando soluções que auxiliem a comunidade a conviver com essas dificuldades e a adquirir novos hábitos por conta deste inconveniente que não terminará. A cada dia cresce mais o número de veículos emplacados no município, sem que as soluções acompanhem esta velocidade.

DIVERSOS projetos da Autran ainda estão nas pranchetas e poderiam ser implantados com maior determinação e vontade política. O mais esperado deles, o estacionamento rotativo, ganhou as ruas centrais da cidade, mas não chegou para satisfazer os usuários. O resultado: poucas vagas para muitos carros.

A EDUCAÇÃO de motoristas também é outro ponto nevrálgico para a melhoria das condições do trânsito em Nova Friburgo. Através de campanhas educativas, pode-se melhorar consideravelmente a convivência, conscientizando a comunidade dos seus direitos e deveres, valendo para pedestres e motoristas. Porém,embora esforçados, os técnicos da Autran esbarram na costumeira falta de educação dos motoristas, aliada à displicência dos pedestres e à falta de fiscalização nas ruas.

ENQUANTO se discute nas ruas se o país será ou não campeão mundial de futebol, o Brasil mantém-se na liderança em acidentes e em vítimas do trânsito irresponsável, obrigando as autoridades a se preocuparem bastante com o problema. Para que a estatística não aumente ainda mais, torna-se necessário uma ampla campanha de conscientização levando os cidadãos, motoristas e pedestres, a compreenderem a extensão dessa grave situação. Friburgo não pode esperar mais. Algo precisa ser feito, preferencialmente antes da Copa do Mundo.

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