Editorial - Ponto de saturação

quarta-feira, 17 de março de 2010
por Jornal A Voz da Serra

NEM SÓ DE grandes obras vive a administração pública e a carreira dos políticos, muito menos a população. Um assunto que volta e meia é objeto de descontentamento da comunidade e que não combina com a chuva friburguense, diz respeito aos abrigos para passageiros nos pontos de ônibus da cidade. Como existem os ‘sem-tudo’, somos também, sem-abrigos.

NÃO cabem todos os usuários passageiros nos modestos abrigos existentes na cidade desde o governo do ex-prefeito Paulo Azevedo e que ao longo dos anos só fizeram se deteriorar. São minguados para o avanço urbano de Nova Friburgo, o aumento de linhas de ônibus e a mobilidade da população por novos bairros.

ESTES são alguns exemplos que mostram o vaivém dos friburguenses. Trabalhadores, estudantes, idosos, todos enfim dependem do transporte coletivo e todo o seu aparato. Os abrigos, assim como as calçadas em seu entorno, fazem parte do conforto do sistema de transporte público. O usuário não pode ficar na chuva quanto a esta questão.

OS PONTOS de ônibus estão cada vez mais cheios. A expansão urbana, com a busca de moradias em bairros mais afastados do centro da cidade, aliada ao crescente número de usuários estudantes e trabalhadores, reflete na procura pelo serviço de transporte, o que origina um acúmulo de passageiros em busca da condução, principalmente nos finais do expediente. Tal crescimento exige uma permanente atenção com a qualidade e o conforto nos trajetos.

ALÉM DO natural desconforto pela demora, em alguns abrigos a iluminação, ou a falta dela, é outro fator que provoca as maiores críticas. À noite, sem luz, alguns pontos ficam às escuras pondo em risco a integridade física dos usuários, principalmente os mais afastados do centro, como os das avenidas que margeiam o rio Bengalas.

MEDIDAS de proteção e segurança devem ser adotadas pelo poder público, dentro de suas metas de transformar a cidade num cartão-postal que agrada a turistas e moradores. A melhoria dos abrigos, oferecendo mais conforto e proteção é uma atitude que não custa muito aos cofres da municipalidade e possibilita um retorno do investimento à população que paga um valor expressivo pela passagem de ônibus, além dos tributos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade