COMEÇOU a funcionar nesta segunda a zona de estacionamento rotativo criada pela Autran para disciplinar o trânsito em algumas ruas do centro da cidade. Pagamos para estacionar numa das cidades mais saturadas de veículos em termos proporcionais, considerando ainda a geografia complicada que não facilita a expansão das vias públicas.
AS CURTAS, porém intensas chuvas que despencam sobre a cidade nesta época do ano são o bastante para revelar um problema com que os motoristas friburguenses convivem diariamente nos horários de rush. A cidade parou, num nó de trânsito difícil de desatar. O trânsito vem se mostrando insuportável e os friburguenses pedem socorro urgente às autoridades. Do conformismo à indignação, uma constatação unânime: a cidade não consegue conviver com o crescente aumento de veículos.
SINAL DE prosperidade, ou necessidade, o automóvel lidera o elenco de problemas que Nova Friburgo vem enfrentando nos últimos anos. Sem dispor de malha rodoviária suficiente para comportar seus milhares de veículos, o município vive uma grave situação, que, se não for combatida com medidas lógicas e racionais, será impossível trafegar por suas vias.
PONTO de estrangulamento do trânsito na cidade, o Paissandu vem desafiando as autoridades, recebendo milhares de veículos que chegam ao Centro pelo Viaduto Jeremias de Mattos Fontes e pela Avenida Conselheiro Julius Arp, vindos de Olaria, desembocando em apenas duas pistas da avenida Comte Bittencourt.
O COMPLICADO trânsito da cidade não se limita apenas ao Paissandu. A cada dia, aumenta a lista de obstáculos enfrentados por pedestres e motoristas As dificuldades estão espalhadas por todas as ruas, impondo à comunidade uma difícil convivência, cuja solução depende de bom senso e da boa vontade política dos administradores.
TAMBÉM É de se observar que há anos a Prefeitura não cria novas alternativas para o trânsito. Já é hora de se imaginar o que até agora parecia sonho futurista. O crescimento urbano requer do governo um permanente planejamento criativo, sendo o trânsito uma empreitada permanente. É preciso, portanto, descobrir medidas compatíveis com a expansão do município.
CABE AO governo municipal antecipar-se ao caos, iniciando desde já um trabalho que leve em consideração o crescimento da cidade e o das vias públicas. Para isso, deve buscar padrões adotados mundialmente no sentido de minimizar o impacto do aumento de automóveis em circulação numa cidade com as mesmas características geográficas de Nova Friburgo.
A NOVA atitude da prefeitura, com a criação da ZERO é um ponto de partida para regulamentar da circulação de veículos no centro da cidade. Porém, é sabido que não resolverá o problema, criando até mesmo uma certa rejeição por parte de motoristas por serem obrigados a desembolsar uma pequena quantia para ocupar vagas públicas.
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