Editorial - Pedalando nas decisões - 27 de maio 2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011
por Jornal A Voz da Serra

O ASSUNTO é conhecido de todos e volta e meia é noticiado nas páginas de A VOZ DA SERRA — o mau uso das bicicletas em Nova Friburgo. Perigosas para os pedestres ao circularem pelas calçadas da cidade ou arriscadas para quem pedala com os veículos nas ruas e avenidas, as bicicletas não podem mais andar à deriva do Código de Trânsito nem das medidas dos governos.

EM TEMPOS de saturação do sistema de transporte nas grandes cidades brasileiras, o Rio implantou uma opção saudável, ecológica e econômica para quem convive com um clima tropical e elevadas temperaturas: o uso da bicicleta. São mais de 200 quilômetros de ciclovias espalhados por muitos bairros, num exemplo que vale a pena ser copiado. Por que não em Nova Friburgo?

UM DOS entraves para o uso da bicicleta é a convivência desleal com os motoristas, mas que pode ser pacífica quando as leis de convivência entre veículos e bicicletas são respeitadas. O problema é que as pessoas não veem as bicicletas como um veículo. E é preciso lembrar que os ciclistas devem obedecer as leis previstas no Código de Trânsito Brasileiro e, por outro lado, devem ser igualmente respeitados.

NOVA FRIBURGO possui inúmeras possibilidades de aumentar o número de ciclistas e de ciclovias. Mas também é preciso fazer muita coisa, como criar sinalização específica para bicicletas e até alterar algumas regras para veículos, com a redução da velocidade em certas vias da cidade para maior segurança dos ciclistas e pedestres.

A BICICLETA poderia substituir o automóvel ou o ônibus no transporte de trabalhadores, no lazer e no esporte, se houvesse mais segurança no trânsito, mais ciclovias e a criação de faixas especiais nas ruas e avenidas. Se tal acontecesse, Nova Friburgo ganharia muito em controle da poluição, na diminuição dos engarrafamentos e no aumento da qualidade de vida de seus moradores.

A RECONSTRUÇÃO tão desejada da cidade deve também contemplar mudanças de atitudes da população e das autoridades que permitam uma nova postura frente ao desenvolvimento e o meio ambiente. Numa cidade cada vez mais saturada de veículos, as alternativas de locomoção devem ser planejadas agora. Para não ficar pior.

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