Editorial - Para além do lar

segunda-feira, 30 de agosto de 2010
por Jornal A Voz da Serra

A POSSIVEL vitória da candidata petista Dilma Rousseff à Presidência da República é um sinal positivo da presença feminina na política que aos poucos venceu barreiras e conquistou um lugar na cena nacional. A presença feminina no Palácio do Planalto é sinal de que as coisas podem mudar e na política não será diferente.

NO PLEITO de 2008, cerca de 10 mil donas de casa concorreram às eleições municipais em todo o país. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informam que elas disputaram cargos de vereadora, vice-prefeita e prefeita. Um avanço significativo, porém aquém da participação feminina na sociedade, expressa pela quase maioria da população brasileira.

NOVA FRIBURGO, com uma população predominantemente feminina, também participa modestamente do processo eleitoral. Poucas mulheres decidiram participar da vida pública e novamente a Câmara mostra nesta legislatura o fenômeno do desinteresse. Nem mesmo a presença de uma mulher no governo, durante oito anos, foi capaz de sensibilizá-las para a disputa eleitoral.

A AUSÊNCIA das mulheres na campanha eleitoral pode ser vista como uma repetida falta de participação, da qual elas não tiveram vez ao longo dos anos. A educação política foi, durante muito tempo, privilegio dos homens. Reverter este quadro com maior participação feminina leva tempo e mesmo que tenhamos uma mulher no poder, ainda sentiremos a ausência delas nas cenas estaduais e municipais.

A SENSÍVEL percepção feminina poderia, em muito, ajudar ao desenvolvimento dos municípios, discutindo temas que são de interesse de toda a sociedade. Desde a violência contra a mulher, passando pela saúde, educação, segurança e emprego, para citar apenas alguns problemas, a mulher pode integrar-se com os poderes públicos na sua efetiva solução.

OS PROBLEMAS de Nova Friburgo são inerentes a homens e mulheres. As dificuldades são as mesmas, os sonhos são os mesmos. Equacionar esta relação, através de uma maior participação feminina, é o que deveria acontecer, para termos uma representatividade compartilhada com todos os interesses. As mulheres também fazem falta nos plenários ou nos comandos dos governos.

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