QUARENTA jardins públicos estão sendo recuperados pela Prefeitura, através da secretaria de Serviços Públicos. A proposta é levar mais verde para as ruas, transmitindo uma atmosfera ecológica condizente coma fama municipal devido à grande quantidade de Mata Atlântica ainda remanescente em Nova Friburgo.
DIVERSAS reportagens publicadas em A VOZ DA SERRA mostram também que a poluição visual em Nova Friburgo, antes de ser um problema de pequena relevância, mostra a falta de disciplina de comerciantes e empresários com a apresentação dos estabelecimentos, criando um visual desfigurado da principal característica da cidade – a beleza de sua natureza. Contrastando com a generosidade de suas matas, montanhas e florestas, a poluição visual é um desafio para os nossos administradores.
QUEM SE dispuser a observar a negligência com o visual urbano da cidade pode encontrar agressões até mesmo na principal avenida – a Alberto Braune. Em pleno centro da cidade, não é difícil encontrar irregularidades que deveriam ser coibidas pela fiscalização municipal. Poluição sonora, agressão visual, além de outras ilegalidades são praticadas sem que se receba do governo a devida ação de fiscalização, mesmo com o choque de ordem decretado pela administração pública.
OS EXEMPOS da poluição sonora e visual não estão restritos apenas à principal rua da cidade. Nos bairros e distritos, as pequenas ilegalidades acumulam-se, transformando locais outrora pacatos e visualmente bonitos em conglomerados mal ajuntados de casas, comércio e indústrias, sem uma preocupação maior com a estética e com os princípios de uma convivência saudável e civilizada. A poluição hoje é problema não apenas ambiental, mas, principalmente, de cultura.
A MUDANÇA desse perfil deve ser estimulada a partir de já. Através do reestudo da Lei do Uso do Solo que é, sem dúvida, um importante balizador das novas posturas, o código vem sendo aguardado com expectativa pela população e deve merecer também o apoio das entidades classistas, da comunidade, além dos políticos, avalizando a nova proposta do governo. A mudança é necessária para adequar o código aos novos hábitos e costumes, procurando atenuar o impacto ambiental na cidade.
MUDAR O cenário desfigurado, pois, é um compromisso do governo, mas deve, acima de tudo, se tornar um compromisso da própria população. É ela quem mais sofre os efeitos danosos da negligência como também é ela quem sofre as piores consequências. Modificar este quadro deve ser o compromisso de toda a sociedade, e não apenas do governo. A poluição visual é um novo mal que precisa ser coibido com o apoio de todos. Antes que o cenário fique pior.
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