MESMO COM a simpática ornamentação natalina promovida pela iniciativa privada e a prefeitura da cidade, o mês de dezembro também é uma época de ficar atento às mudanças climáticas com a chegada das tradicionais chuvas de verão. Para tanto, tudo precisa estar preparado para enfrentar possíveis ocorrências.
O MUNICÍPIO implantou um abrangente sistema de monitoramento, a cargo da Defesa Civil, que procura dar cobertura para eventuais transtornos. O Sistema de Alerta de Cheias em Nova Friburgo, a cargo do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), mede em tempo real o nível de água e de intensidade de chuva em seis locais do município, auxiliando no gerenciamento dos efeitos contra as enchentes.
SEM DÚVIDA é uma boa iniciativa do governo estadual, que ajuda a estabelecer programas preventivos em áreas de risco, para que não se repitam as mesmas ocorrências de passado recente e que repetidamente ocorrem nas estações chuvosas. Permanentemente Nova Friburgo enfrenta problemas causados pela chuva.
A PREVISÃO DE CHUVAS para o fim de ano leva a Defesa Civil do município — corretamente — a montar planos para oferecer cobertura à população que esteja em áreas críticas ou venha a sofrer consequências de desabamentos por conta do período chuvoso. A operação não é novidade para os friburguenses, posto que o órgão tem prestado um eficiente serviço à comunidade em diversas ocasiões.
DENTRE A LOGÍSTICA para enfrentar as chuvas, a DC possui um eficiente modelo de comunicação à população que inclui um Sistema de Alertas via SMS, além da instalação de sirenes em pontos estratégicos da cidade. Também implantou avisos oficiais que podem ser obtidos através do site da prefeitura (www.pmnf.rj.gov.br), pelo Twitter (@alertaNF) e o Facebook (Defesa Civil Nova Friburgo), além de comunicados à imprensa local e através do telefone 199.
APESAR da previsibilidade, as chuvas que afetam a região mostram, em certos casos, a fragilidade de algumas estradas da área rural no distrito de Campo do Coelho, que sofrem as consequências, não resistindo aos temporais frequentes. Tais estradas vicinais não oferecem segurança nem garantia do escoamento da produção em caso de chuvas. O problema também se estende ao distrito de Riograndina e aos floricultores de Vargem Alta e região.
NA CIDADE, a população debate este assunto com frequência, tendo em vista a preocupação que se abate a cada temporal nos dias de verão. Como exemplo fica o Rio Bengalas, que é o termômetro desse temor. A população observa se as suas águas sobem ou não com grande atenção, uma preocupação natural, posto que os alagamentos na direção de Conselheiro Paulino são frequentes.
O MONITORAMENTO do Inea beneficia em muito as ações da Defesa Civil, oferecendo um serviço de grande valia para a comunidade. A hora é de prevenir para não contabilizar prejuízos no futuro. Mas o governo ainda precisará de muito mais, como resolver, por exemplo, a ocupação indiscriminada em encostas e em áreas de risco. A chuva não tem hora nem local certo para cair e os seus efeitos são imprevisíveis.
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