Editorial - O tamanho do perigo - 18 de março 2011

sexta-feira, 18 de março de 2011
por Jornal A Voz da Serra

É REALMENTE preocupante, para toda a população friburguense, o levantamento feito pelo governo estadual sobre as consequências da chuva de 11 de janeiro. Quatrocentos e trinta e um deslizamentos foram apontados no relatório entregue ao prefeito que devem ser priorizados para o trabalho de reconstrução de Nova Friburgo. Além do município, mais seis cidades afetadas pela tragédia natural receberam relatório detalhado.

O PRESIDENTE da Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado), Ícaro Moreno, estima em dois anos e meio a reconstrução das sete cidades destruídas pelas chuvas. Serão mais de 100 intervenções em encostas de grande porte somente na área urbana de Nova Friburgo, o que certamente demandará muitos recursos do governo.

É FACIL perceber que teremos um longo período de recuperação que só poderá ser concluído com verbas suficientes e projetos de reconstrução de curto, médio e longo prazo. Problemas crônicos que já ocorriam foram agravados ainda mais com a tragédia, principalmente a falta de moradia. As construções precisam avançar com rapidez para atender o grande número de famílias desabrigadas e desalojadas.

PARA A ajuda financeira sair convenientemente dos cofres públicos, em tempo certo, também será fundamental o apoio da bancada do Rio de Janeiro no Congresso Nacional. Serão eles interlocutores dos pleitos, da agilização das verbas e do entrosamento com o Executivo para as melhorias na Região Serrana.

CABERÁ, ainda, ao poder político local unir as forças para a reconstrução da cidade. Fragilizada e carente de benfeitorias, Nova Friburgo deve voltar os seus esforços para a melhoria de sua qualidade de vida, planejando novas políticas que levem ao desenvolvimento, considerando o meio ambiente e o crescimento sustentável em sintonia com o progresso econômico.

NOVA FRIBURGO foi duramente atingida pelas chuvas, perdeu 428 cidadãos, deixou milhares ao desabrigo, emperrou-se a economia. O trabalho de reconstrução, além da contenção das encostas perigosas, deverá ser bem maior que as estimativas, pois engloba outras perdas que também exigirão esforço e vontade política das autoridades.

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