Editorial - O tamanho do governo

quinta-feira, 05 de março de 2009
por Jornal A Voz da Serra

ATÉ O momento, a Câmara Municipal não recebeu proposta de reforma administrativa do Executivo, como manifestou o prefeito Heródoto no início do governo, criando novas áreas da gestão pública. Passados mais de dois meses da nova administração, muitas áreas ainda não foram definidas, assim como o efetivo da Prefeitura para os próximos anos.

MUDANÇAS sempre são propostas pelos governos, que assumem os mandatos tentando dar uma feição diferente à máquina pública, ocupando espaços e definindo novas filosofias de trabalho. Todos os governantes, indistintamente, tentam fazer da máquina pública um modelo “ideal” de trabalho, redefinindo a cada gestão o tamanho do governo. É assim no plano federal, estadual e, por que não, nos municípios.

DIVERSAS críticas são feitas pelos governantes aos governos anteriores, acusados de não fazerem a coisa certa. Reclamam do “inchaço” da máquina, dos excessivos gastos públicos e do endividamento que recebem como herança de gestões passadas. Porém, como num moto-contínuo, também não deixam por menos e adotam posturas que serão questionadas no futuro por outros mandatários, fechando o ciclo.

AFINAL, qual o tamanho ideal do governo? No caso friburguense a questão esbarra de entrada num controverso concurso público que até agora não foi oficialmente decidido. Sem ele, e com eles no quadro, é impossível dimensionar uma folha de pagamentos que seja aceitável para uma cidade de quase 200 mil habitantes. E com compromissos de crescer e desenvolver.

O MOMENTO é adequado para a definição de novos rumos para o município, já que o mercado interno brasileiro está passando ao largo da crise mundial e nossa economia não foi afetada com desempregos e outros sustos para a sociedade. Para tanto, o governo precisará de recursos humanos e orçamentários compatíveis com seus objetivos e deve começar com a casa arrumada. Um quadro de pessoal competente e motivado faz a diferença quando o dinheiro é curto para investimentos.

A GESTÃO pública de Nova Friburgo, devido à sua diversidade, requer pessoas certas no lugar certo e daí planejando uma estratégia de captação de recursos e parcerias que se transformem em benefícios para a população. Criatividade, competência e uma boa dose de amor pela cidade fazem a diferença nestes tempos de mudança.

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