Editorial - O que é bom repete

terça-feira, 01 de dezembro de 2009
por Jornal A Voz da Serra
Editorial - O que é bom repete
Editorial - O que é bom repete

O ACADÊMICO Aécio Alves da Costa foi reeleito no domingo para mais um mandato na presidência da Academia Friburguense de Letras, numa demonstração do competente trabalho realizado nos últimos dois anos em prol da literatura e da cultura de Nova Friburgo. Outra vez confirma-se a máxima que diz “o que é bom repete”, contando com a aceitação unânime dos imortais friburguenses. Sua nova equipe de trabalho está composta por nomes de expressiva representatividade no meio cultural.

FUNDADA na década de 1940, a ‘Casa de Salusse’, criada por educadores e intelectuais, vem se renovando e incorporando novos valores sem se desviar dos caminhos traçados por seus idealizadores, qual seja o de promover a cultura, defender os valores artísticos e éticos da nossa cidade, mantendo-se em sintonia com a sociedade. Cultuar a arte é sublimar o espírito, como diz o lema da AFL.

COM UM quadro associado eclético e multidisciplinar, a Academia possui ampla representatividade do pensamento friburguense, abrigando diversas áreas do conhecimento, como literatos, jornalistas, professores, religiosos e profissionais liberais. É uma instituição voltada para a elevação do espírito intelectual e se orgulha do nome que leva, dada a sua interatividade com o meio cultural da cidade e do estado.

DENTRE as suas diversas atividades culturais, a Academia promove permanentemente a difusão do livro e do hábito de leitura. São nobres os seus objetivos num país de poucos leitores. Apenas quatro por cento dos alunos possuem indicadores satisfatórios de leitura de acordo com as suas séries escolares. O número é desafiador e preocupa levando-se em conta a influência de outros veículos de informação sobre o livro, com perdas sensíveis para o conhecimento geral e a qualidade da informação recebida.

NUM PAÍS onde a leitura não recebe dos governantes a prioridade dos ‘serviços essenciais’, não se pode prescindir de iniciativas não governamentais que ajudem a aumentar o hábito de leitura, como faz a AFL, abrindo aos jovens um leque de informações que certamente trarão benefícios na vida futura, em todos os setores das atividades. A Academia ganha dimensão maior no engajamento da difusão cultural, tornando-se, também, formadora de opinião e incentivadora da leitura no município.

É PRECISO fazer com que o estudante se aproxime dos livros, onde poderá adquirir conhecimentos inumeráveis. Cada vez mais os avanços da tecnologia da informação permitem um uso variado de alternativas, passando obrigatoriamente pela informática, hoje sedimentada no ensino. A Academia pode acompanhar este avanço oferecendo, sempre, o que há de melhor ao seu público.

CONTUDO, não se pode afirmar que estejamos nesse mesmo contexto de avanço cultural. A falta de bibliotecas no município mostra que o problema da leitura não foge à regra nacional e é preciso reverter este ‘índice de desenvolvimento cultural’ negativo na cidade. Com uma expressiva população estudantil em escolas públicas e particulares, inclusive em universidades, deve atentar de maneira global para os aspectos da formação de nossas futuras gerações.

PARA ISSO, a AFL pode contribuir de forma significativa incentivando a formação cultural da juventude. Possuidora de um elogiável quadro de acadêmicos, a instituição deve continuar na trilha da promoção cultural, abrindo suas portas para a comunidade, integrando-se de forma participativa. Agindo assim, estará colaborando efetivamente para o futuro de Nova Friburgo.

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