NO ANO passado, as vendas de veículos caíram pelo mundo inteiro, mas algumas nações não sofreram reduções. Dentre os países emergentes, o Brics — bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — destacou-se na venda de automóveis, com crescimento na casa de dois dígitos, enquanto o mercado global recuou cerca de 4%.
O BRASIL teve o quinto maior crescimento global, e consolidou o posto de quinto principal mercado do mundo. Ajudadas pela redução do IPI e pela recuperação da economia, as vendas de veículos somaram 3 milhões — novo recorde. O bom momento do mercado automotivo no país deve prosseguir neste ano. A Fenabrave projeta uma expansão de 9% para 2014.
PORÉM, tantos veículos também revelam o seu lado negativo. Nos feriados de fim de ano, ocorreram nas estradas brasileiras mais de 8000 acidentes, que resultaram em 445 mortos e cerca de 5.600 feridos. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou aumento de 4% no número de óbitos. O aumento da frota e o excesso de chuvas no Sul e Sudeste fizeram com que essas regiões fossem responsáveis por dois terços dos acidentes nacionais.
A IMPRUDÊNCIA tem sido o maior fator dos acidentes, gerando uma onda de violência preocupante. A velocidade, conjugada com a bebida, não dá certo. E não adianta a fiscalização nas estradas, pois a mesma é insuficiente para coibir a combinação. Apesar de tudo, a Polícia Rodoviária Federal aponta um aumento dessas infrações. Resultado: mais acidentes, mais prisões.
A VOZ DA SERRA vem frequentemente reportando um grande número de atropelamentos e colisões com vítimas, provocado pelo trânsito em nossa cidade basicamente por falta de uma maior conscientização sobre os riscos que esta difícil convivência provoca.
POR SUA limitada área de circulação e o excessivo número de veículos, Nova Friburgo precisa aprofundar-se no tema enfrentando o problema e propondo saídas mais criativas e preventivas. Para tanto, é necessário unir os poderes públicos e a sociedade numa campanha generalizada de prevenção de acidentes.
OS RESULTADOS seriam imediatamente sentidos, reduzindo os riscos hoje enfrentados. É uma decisão política que, se adotada, transformaria a questão não em problema maior e, sim, numa solução civilizada para os dias de hoje.
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