EDITORIAL - O país pede pressa

segunda-feira, 31 de março de 2014
por Jornal A Voz da Serra

MILHARES de cargos estão sendo oferecidos através de concursos pelo serviço público em todo o país. Governo federal, estados e municípios buscam preencher os cargos vagos na administração, motivados pela ampliação dos serviços e substituição de funcionários que se aposentaram e assim continuarem tocando os trabalhos sem descontinuidade.  

O SEGUNDO trimestre de 2014 promete ser movimentado para quem pretende participar de concursos públicos federais. O número de oportunidades, segundo o Ministério do Planejamento, chega a 6,6 mil vagas até junho, e de acordo com projeto de lei do governo enviado ao Congresso ano passado existe uma margem de 42.353 cargos vagos já existentes no Poder Executivo que poderão ou não ser usados. 

COMO EM outubro haverá eleições para presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais, a Lei 9.505/97 proíbe a nomeação, contratação e admissão de servidor público nos três meses que antecedem o pleito. A restrição no caso se refere aos governos federal e estaduais. Já na esfera municipal, as nomeações podem ser feitas sem problemas.

A CARÊNCIA de pessoal é apenas um exemplo das inúmeras dificuldades pelas quais passam alguns órgãos públicos, principalmente naqueles em contato mais direto com a população. Diversos serviços clamam por mais pessoal, enquanto outros conseguem a autorização necessária e regularizam, ainda que em parte, o quadro funcional. 

EDITAIS publicados em órgãos de comunicação mostram a procura por cargos de diversos níveis. Trata-se de verdadeira seleção a nível nacional, levando milhões a disputarem as vagas beneficiando não apenas os que preencherão os cargos, assim como os diversos cursos preparatórios espalhados pelo Brasil, garantindo emprego para milhares de pessoas. É um círculo que movimenta expressivas cifras e faz girar a chamada "indústria dos concursos”.

O DESEMPREGO ainda é uma chaga aberta que o governo, por mais que diga o contrário, não foi capaz de curar. O que tem sido feito pelo governo para estimular e aumentar o emprego é muito pouco. O arrocho econômico permanece inibindo a geração de novos postos de trabalho, pois os empresários não arriscam uma contratação devido à pesada carga tributária que não deixa margem para investir.

O ANO eleitoral pode tornar-se novo atrativo para a oferta de empregos. Até junho, como manda a lei, o governo poderá utilizar o concurso público e com isso aumentar a estatística de emprego no país. Porém, o Brasil não vive tão-somente de suas eleições. Entre os períodos eleitorais uma Nação pulsa e clama por melhores condições de vida e de igualdade social para os seus habitantes.

CABE AOS governantes em todos os níveis adotar políticas que estimulem o crescimento econômico, gerando consequentemente emprego e renda para a população. Através de uma ampla reforma tributária e de investimento maciço em setores vitais, como a educação, será possível reverter a desigualdade que hoje se apresenta. O país pede pressa ao governo para continuar crescendo.

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