Editorial - O excesso e a falta

quarta-feira, 28 de julho de 2010
por Jornal A Voz da Serra

MAIS três atropelamentos no último fim de semana ajudaram a aumentar as estatísticas de acidentes com pedestres em Nova Friburgo. Excesso de velocidade de uns, falta de atenção de outros são as principais causas dos acidentes no trânsito e a estes deve-se inserir como personagem o Estado, como gestor da infraestrutura que, em tese, é criada para dar segurança à população. Porém, nem sempre isso acontece.

OS ACIDENTES nas estradas e ruas de Nova Friburgo engordam as estatísticas que ajudam a tornar o país um dos campeões em desastres no trânsito com feridos e mortos. Como registra A VOZ DA SERRA em quase todas as suas edições, os acidentes causam vítimas, prejuízos materiais e custos desnecessários para os cofres do governo, que quase sempre paga a conta pela irresponsabilidade de terceiros.

PARA OS motoristas, infelizmente, as ruas são um verdadeiro campo de batalha, no qual cada um se vira como pode. O importante é levar vantagem em cada momento. Porém, é preciso reverter rapidamente este triste quadro em nome da segurança de todos, motoristas e pedestres. Por conta da irresponsabilidade de alguns, não se pode afirmar com segurança que retornaremos para os lares ao fim do dia.

A IMPRUDÊNCIA atinge não apenas os motoristas e hoje milhares de pessoas terminam vitimadas pelo erro dos outros. Para que os números diminuam, será necessário um choque de conscientização para o grave problema do trânsito.

A AUTRAN, que iniciou uma rigorosa campanha contra os infratores, também deve se preocupar com a educação dos motoristas com campanhas elucidativas e esclarecedoras, mas, acima de tudo, que os façam compreender que o volante pode ser o seu aliado ou o seu inimigo.

NOVA FRIBURGO, com um grande número de veículos, não pode prescindir de um planejamento que combine a oferta de transporte de massa eficiente com a conscientização de que o automóvel foi feito para a locomoção e, não, como uma arma. É uma tarefa de fôlego, porém necessária, para evitar que o pior aconteça. Para tanto, a fiscalização é imperativa e só ela poderá diminuir as nossas alarmantes estatísticas.

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