A Alerj faz hoje audiência pública, proposta pelo deputado Rogério Cabral (PSB), onde se pretende discutir a telefonia, a internet e a banda larga na área rural do estado do Rio. Na luta por mais verbas de telecomunicações para o meio rural, o deputado tenta abrir os cofres do Fust – Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações e que até agora não resolveu os mais elementares direitos da população interiorana fluminense.
O INDICADOR que mede o número de celulares por habitantes – a teledensidade, aponta que no Brasil há 70,57 celulares por grupo de 100 habitantes. A relação mais elevada é encontrada no Distrito Federal, onde há 1,27 celulares por pessoa. Em segundo lugar, aparece o Rio de Janeiro, com 8,79 celulares para cada dez pessoas. Somos, portanto, um país de conectados. Ou quase.
O BRASIL é o país com o maior número de telefones celulares, segundo pesquisa feita entre dez países da América Latina. Temos 143,2 milhões de linhas de telefonia móvel e seremos uma das nove nações que concentrarão quase a metade dos telefones celulares do planeta. Prova inquestionável da aceitação do aparelho como de ‘utilidade pública’, um bem imprescindível hoje em dia.
TAMBÉM o Brasil não fica atrás quando o assunto é navegar. O número de brasileiros com algum acesso à internet na residência saltou 73 por cento no período 2006-2008 . O número de internautas conectados em casa passou dos 40 milhões. Por seu lado, o estado do Rio possui uma das mais importantes redes de computadores para o desenvolvimento científico e tecnológico – a Rede Rio. Com ela, é possível o acesso a instituições de ensino e pesquisa, agências governamentais e empresas públicas e privadas de pesquisa aberta. Hoje muitas instituições se beneficiam desta grande rede de informação científica.
NA CONTRAMÃO dos números das pesquisas nacionais, Nova Friburgo ainda não é uma cidade ‘incluída’, do ponto de vista digital. Embora possua milhares de aparelhos celulares, parcela da população não recebeu as benesses da era eletrônica, assim como em quase todo o meio rural do estado. São os excluídos das telecomunicações. Infelizmente o assunto é uma ferida aberta na democratização das telecomunicações, que agora o deputado friburguense tenta estancar.
NÃO PODEMOS permitir que uma parcela responsável da economia do estado fique sem as mínimas condições de comunicação. Corrigindo este erro, estendendo os benefícios da era digital às comunidades que ainda não se beneficiam dos avanços tecnológicos, certamente estarão cumprindo as políticas governamentais que preveem o acesso irrestrito da população aos serviços das telecomunicações, melhorando a qualidade de vida no campo.
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