O PREFEITO Heródoto fez um balanço do primeiro mês de sua gestão no governo, onde falou mais das dificuldades encontradas do que das propostas de sua gestão. E é compreensível que seja assim, tendo em vista a formação da equipe de governo, ainda incompleta, e a reformulação administrativa proposta, que depende de aprovação da Câmara Municipal, a se reunir extraordinariamente no próximo sábado para debater a questão.
A CADA declaração, o prefeito tem colocado propostas e projetos para Nova Friburgo, criando uma grande expectativa na população. O que será esta cidade parque dos sonhos do prefeito? Como a crise financeira mundial afetará seus projetos para o município? Como driblar os cortes no orçamento do governo federal e conseguir recursos para Friburgo?
AS CHUVAS que caem tradicionalmente nesta época do ano desta vez estão sendo complacentes com a população serrana e, embora mobilizem a Defesa Civil e o aparato da Prefeitura, felizmente não ocorreram de forma intensa, causando os inconvenientes de sempre. Por sua vez, o ciclo das águas ainda não foi encerrado e as medidas de alerta deverão prevalecer. Porém, esperamos que tais preocupações não tirem o sono do prefeito, como tirou de governantes anteriores.
MAS NEM só de chuvas vive o friburguense e o seu cotidiano também inspira cuidados, como a educação pública. A poucos dias do início do ano letivo o balanço que a secretária Ledir Porto fez de sua pasta indica que o ano vai começar com as mesmas deficiências de sempre, e qualquer mudança ocorrerá durante o ano ou em exercícios futuros. Não será possível, e nem deveria ser diferente, recuperar a malha de ensino ao mesmo tempo em que atende à proposta do prefeito de implantar o turno único na rede escolar.
A SAÚDE pública, por sua vez, é o desafio permanente dos administradores públicos, a começar pelo governo federal, com efeitos em cascata na malha estadual e, por consequência, sobrecarregando os hospitais municipais do país. Nova Friburgo não vive situação diferente e sofre dos mesmos males que as demais cidades, que não se situam apenas na má gestão pública do dinheiro, e sim, nos valores disponibilizados para cumprir a sua função social. Por mais que se queira, ainda estamos longe de resolver o complexo problema.
O ROL DE necessidades não para por aí, todos sabemos. Agreguemos ainda a crise financeira mundial, o desemprego, a falta de crédito, a taxa de juros e a inadimplência. Tais ingredientes hoje em dia estão na pauta dos líderes mundiais, que chegam ao limite de uma era de gastança desenfreada e já colhem os frutos negativos da desastrada posição.
O LÍDER municipal, por sua vez, deverá estar sintonizado com a problemática e não fazer dela causa de imobilismo. Ao contrário, como está fazendo, é preciso buscar no empreendedorismo a saída para a crise, oferecendo novas oportunidades de negócios e de geração de empregos. O cenário econômico mudou drasticamente e ganha quem estiver mais preparado para enfrentar os desafios que estão por chegar este ano.
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