Editorial - Muito por fazer - 17 de agosto 2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011
por Jornal A Voz da Serra

VIDAS em primeiro lugar — foram as palavras ditas pelo novo chefe da Defesa Civil de Nova Friburgo, coronel João Paulo Mori, ao priorizar as atividades do órgão atento aos futuros acontecimentos que poderão advir com as chuvas de verão. Está certa a DC em proteger as pessoas, e os esforços são altamente recompensáveis. Agora mesmo, promove treinamento das comunidades que moram em áreas de risco que não foram interditadas.

A PREOCUPAÇÃO é compartilhada com toda a população, que até agora, passados sete meses da tragédia natural, não viu os efeitos da reconstrução, principalmente nos bairros mais atingidos do sexto distrito de Conselheiro Paulino. E também continua sem respostas para tantas indagações — que vão do aluguel social às indenizações pelas desapropriações e, mais importante, pela construção de moradias para as famílias que perderam suas casas na chuva de janeiro, previstas para 2012.

O FRIBURGUENSE tem na Defesa Civil uma forte aliada. Desde a tragédia de janeiro, não deixou de transmitir informações para a população e muito menos de travar uma luta permanente na vigilância, avaliando os riscos e envolvendo-se em todas as ações de salvamento com o amplo apoio do Corpo de Bombeiros e da Policia Militar. A chuva foi um duro teste, porém, a Defesa Civil vem cumprindo corretamente os objetivos nesta fase dos trabalhos.

SE NOVA FRIBURGO passou por um triste momento, que deixou sequelas insuperáveis, de agora em diante a população deve manter uma nova postura frente aos riscos dos desastres naturais, atentando-se para as intempéries, adotando medidas que visem à segurança das pessoas, abandonando, inclusive, os locais, se necessário. O desastre natural não poupa ninguém, sem distinção econômica ou social, como vimos agora recentemente.

É PRECISO, também, que a classe política possa colaborar para a reconstrução de Nova Friburgo pressionando as autoridades para a criação de mecanismos de previsão meteorológica na Região Serrana, além de inúmeras outras medidas necessárias. A criação, pelo governo, de organismo especial para tratar da reconstrução aponta que ainda teremos muito trabalho pela frente e a participação política é imprescindível, sem partidarismos e unida num só objetivo.

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