A CIDADE de São Paulo avançou nas políticas ambientais e a Câmara Municipal proibiu esta semana o uso das sacolas plásticas a partir de 2012. O assunto já ganhou importância na maior cidade do Brasil, com aceitação de diversos segmentos e restrições de alguns quanto à sua aplicação a partir do ano que vem. Porém, criou-se uma lei que, implantada pelos paulistas, ecoará pelas cidades que se preocupam com o meio ambiente.
ALÉM DE poluentes, as sacolas causam muitos outros impactos ambientais. São elas as responsáveis por entupimentos de bueiros e saídas d´água em decorrência das chuvas e enxurradas, além de colocar a vida animal em risco através de sua ingestão indevida. Isto foi confirmado na tragédia de janeiro e ainda hoje elas são vistas em alguns lugares e às margens dos rios.
EMBORA o Estado do Rio tenha avançado nas políticas ambientais, muitos cidadãos não se preocupam com o excessivo lixo produzido pelas sacolas, principalmente nos supermercados e no comércio em geral. Sacolas, garrafas e um sem número de embalagens ajudam a sujar as cidades, sem que as autoridades levem este assunto em consideração.
A EXTINÇÃO das sacolas plásticas conta com o apoio da população e como já ocorre em muitas cidades em todo o país, inclusive em Nova Friburgo, a medida tem sido bem aceita e compreendida por todos. A sociedade, aos poucos, vem assimilando este indigesto lixo, e está se conscientizando de sua redução, cuja causa está na sua origem e não somente no usuário que irá descartá-la. A mudança deve partir de quem produz.
ALGUMAS medidas no sentido da coleta seletiva de lixo já são tomadas pelas prefeituras, mas não atendem plenamente ao que é gerado pela população, deixando a captação destes a cargo dos catadores de cooperativas ou não, que se encarregam de sua coleta e comercialização. É preciso uma política pública que ofereça as condições de se reduzir o lixo na cidade. Soluções existem, e muitas.
O PREFEITO Dermeval Neto tem na questão ambiental um capítulo importante do qual não poderá pular se quiser realizar um trabalho político voltado aos interesses da população e com foco no crescimento sustentável. Mais que um alerta dado pela enxurrada de 12 de janeiro, a situação do meio ambiente impõe uma nova abordagem dos políticos friburguenses para o assunto, já que as suas responsabilidades não se limitam somente às ações de governo. É tarefa que deve ser compartilhada com toda a sociedade, para sempre.
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