Editorial - Mudar para crescer - 25 de janeiro 2011

terça-feira, 25 de janeiro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

QUINZE dias após a tragédia das chuvas na Região Serrana, que deixou centenas de mortos e milhares de desabrigados em muitos municípios, Nova Friburgo contabiliza também prejuízos materiais, com perdas na indústria e no comércio, pondo em risco o futuro econômico e a estabilidade social com emprego e renda. A incerteza ronda empresários e trabalhadores.

UM ALENTO diante da crise é o apoio dado pelo governo estadual ao município, não medindo esforços para fazer com que a cidade volte ao normal. E as medidas anunciadas, de empréstimos para os empresários e o saque do FGTS para os trabalhadores, até R$ 5,4 mil, chegam para dar uma relativa tranquilidade, mas o recomeço da vida também vale para o governo municipal frente a um futuro difícil e trabalhoso.

O MUNICÍPIO viu-se despreparado para fazer frente a uma grande tragédia, o que não é novidade para os friburguenses, que sempre sofreram com enchentes e deslizamentos todos os anos. Agora, seriamente ferida, a cidade precisa de uma gestão eficiente da administração pública para cuidar convenientemente dos assuntos prioritários de governo e de interesse da população.

SERÁ preciso um esforço de gestão pública para planejar a cidade, considerando todas as perspectivas de crescimento, seja econômico ou populacional, incorporando cada vez mais as políticas de meio ambiente no contexto desse desenvolvimento. Não podemos ignorar a influência e a importância da educação ambiental no futuro de Nova Friburgo.

O COMÉRCIO friburguense, assim como a indústria, tem uma parceria íntima com a comunidade, gerando milhares de empregos e transformando a cidade num polo que concentra o interesse de milhares de consumidores. Para permanecer na liderança, deverá recompor rapidamente a infraestrutura para atender à solicitação real do mercado. Nova Friburgo ficou abalada com a tragédia, porém, permanece ativa e espera do governo a mesma atitude.

TAMBÉM é preciso reavaliar as metas políticas do município frente à realidade crítica e ao futuro. A população elegeu representantes para a Alerj e o Congresso Nacional, que devem agora utilizar suas influências para ajudar a reerguer a cidade. Quanto aos políticos locais, devem adotar uma posição mais responsável que a caça ao voto, para não transformarem as pseudo vantagens dos eleitores em tragédias irreparáveis.

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