Editorial - Mata em perigo - 19 de agosto 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011
por Jornal A Voz da Serra

O ALERTA dos órgãos ambientais em quase todos os estados brasileiros devido à baixa pressão atmosférica e os riscos de queimadas é um importante auxílio para o monitoramento, combate e controle dos focos de incêndio nas unidades de conservação do país, inclusive o Rio de Janeiro, como vimos recentemente em Teresópolis. Porém, não é suficiente para minimizar a estiagem nem barrar o surgimento do fogo que irrompe de maneira imprevisível.

NESTE mês de agosto, Nova Friburgo vem contabilizando focos de incêndio nas matas e florestas do município, como foi mostrado na edição de ontem de A VOZ DA SERRA, muitos deles em locais de difícil acesso para o devido combate. A preocupação das autoridades municipais também acompanha a mobilização dos estados brasileiros contra as queimadas. Vivemos uma época de estiagem e a soma de esforços, portanto, é imprescindível.

A PROPOSTA de criação de uma brigada de incêndio voluntária para auxiliar nos combates foi uma das proposições levantadas pela Defesa Civil no ano passado para aumentar o efetivo nos trabalhos, mas ainda dependerá de regulamentação. É um passo positivo para envolver a sociedade num problema cuja solução não depende somente das autoridades. As queimadas afetam toda a população.

O MUNICÍPIO abriga um importante pedaço da Mata Atlântica, oferecendo inúmeros atrativos naturais para o turismo e fonte de permanente pesquisa sobre sua fauna e flora. Possuímos nascentes importantes, como a do Rio Macaé e suas florestas são de vital importância para a manutenção de sua pureza. Mantê-las intactas, portanto, é essencial.

A PROFUNDA relação com a natureza faz do friburguense um “fiscal verde” que deve cuidar de seu maior patrimônio, possibilitando a manutenção de uma ampla rede de serviços à comunidade e aos turistas. Assim, ajuda a alavancar a economia, gerando renda e empregos. Significa a sobrevivência de muitos e a perspectiva de uma melhor qualidade de vida para a população no futuro.

O PROCESSO de informação e participação popular nas decisões estratégicas deve ser levado em consideração pelas autoridades, recebendo sugestões dos segmentos ambientais, contribuindo para o aumento da conscientização da população quanto aos problemas em toda a sua extensão. Afinal, trata-se de uma causa comum que o fogo pode, infelizmente, prejudicar.

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