PESQUISA DO IBOPE divulgada semana passada mostra que a presidente Dilma Rousseff venceria a eleição de 5 de outubro ainda no primeiro turno, caso a eleição fosse hoje. Entre a perspectiva otimista para o PT e seus aliados e a realidade da população a nível nacional vai, porém, uma grande distância. A cada dia, aumenta a quantidade de insatisfeitos com os governos federal e os estaduais, o que deve estar preocupando — e muito — os dirigentes interessados na reeleição, principalmente no Palácio do Planalto.
ANTECIPANDO O DEBATE eleitoral e revelando parte deste descontentamento, A VOZ DA SERRA publicou, em sua edição de sábado, avaliações de duas vozes importantes que ajudam em muito o eleitor a fazer um raciocínio sobre o que pode vir a ser a eleição de outubro. Nem tudo será um mar de rosas. O cientista político Jairo Nicolau e o deputado federal Glauber Braga sugerem linhas de raciocínio que poderão ser utilizadas pelo eleitor friburguense.
O CIENTISTA mostra a evolução do processo sucessório e as perspectivas dos candidatos, considerando alguns cenários nos principais colégios eleitorais do país. O deputado, com propriedade, mostra as dificuldades de ajudar o município quando está em lado oposto ao prefeito, com perdas evidentes para a população, impedindo a utilização de muitas verbas federais.
A POLÍTICA, longe de ser mais que uma simples torcida por este ou aquele candidato, é feita com base nas pretensões e na capacidade de realização de seus pretendentes. A propaganda eleitoral sozinha não faz milagres. Para que ganhe a força necessária, é preciso que as candidaturas apresentem conteúdo e é com base neste argumento que ela deslancha. Não é feita de ficção nem de mentiras. É construída pela capacidade de realização de cada um, cumprindo, evidentemente, as suas promessas.
PARA DAR mais transparência ao processo eleitoral, os tribunais derrubaram qualquer censura que até há algum tempo vinha atormentando os veículos de comunicação e os candidatos com proibições e multas descabidas, que fugiam à constitucionalidade das medidas. Os veículos são livres para noticiar os acontecimentos políticos dos candidatos, sem que isto se pareça com a famosa "propaganda extemporânea” a eles atribuída pela justiça eleitoral.
O CIDADÃO já está percebendo a mudança no comportamento político com os possíveis candidatos em ação. Sem poder deslanchar a campanha eleitoral em sua plenitude, os pretendentes usarão os recursos disponíveis para a época pré-eleitoral, principalmente com a formação de alianças e arregimentação de correligionários, além do uso das redes sociais na internet para a divulgação de suas ideias e propostas.
QUALQUER QUE SEJA o resultado das urnas, a cidade continuará sua trajetória de reconstrução, lutando pelo progresso, almejando emprego e renda, saúde, moradia e educação. E para atender a estas exigências, os políticos só têm uma coisa a fazer: trabalhar. O voto será a consequência dos atos que fizeram para a comunidade. Uma resposta no mínimo sensata e coerente da população.
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