Editorial - Mais um problema - 27 de abril 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011
por Jornal A Voz da Serra

EM GREVE desde 23 de março, os vigilantes bancários continuaram sem trabalhar nesta segunda e terça-feira em Nova Friburgo e em várias cidades do interior do Estado do Rio. A paralisação, embora justa, está provocando prejuízos e sérias dificuldades a toda a população. Trata-se de mais uma greve em serviço essencial realizada sem que as autoridades se preocupem com o bem-estar de quem paga os impostos e a conta final do prejuízo.

A SOLUÇÃO tem sido buscar os caixas eletrônicos e as agências lotéricas da cidade que estão recebendo o grande fluxo de clientes da rede bancária. Porém, limitadas pelas condições, deixam a desejar quando um número elevado de usuários chega aos seus guichês. Nem tudo, infelizmente, é feito nas lotéricas. Negócios, empréstimos e saques elevados são exemplos de serviços que, em decorrência da greve, esperam a reabertura das portas das agências.

OS BANCOS estão na linha de frente da crítica friburguense desde a tragédia de janeiro. Diversas agências ficaram totalmente fechadas, na época, por muitos dias, deixando a população sem dinheiro e impedida de tomar qualquer providência financeira para atender suas necessidades. Além disso, as barreiras impostas para a concessão de dinheiro do BNDES para a iniciativa privada ajudaram em muito a aumentar os problemas que a cidade enfrenta e que já ultrapassam os cem dias.

NOVA FRIBURGO tenta voltar à normalidade embora tenha inúmeros desafios pela frente. Contudo, não cabe apenas ao poder público fazer a sua parte para a tarefa da reconstrução. Instituições privadas, empresas, associações, toda a sociedade organizada, inclusive o Judiciário, devem estar empenhados neste trabalho, oferecendo uma ajuda que venha a somar nesta empreitada.

INFELIZMENTE, serviços essenciais ainda não estão restabelecidos, e alguns prestadores de serviços, como os bancos e algumas seguradoras mostraram-se insensíveis com a reconstrução de Nova Friburgo e a perda sofrida com a enxurrada de 12 de janeiro. A falta de ações construtivas, não apenas do Estado, mas também da sociedade, em oferecer boas perspectivas de desenvolvimento do município atrasam o processo de reconstrução, tornando incerto o futuro de Nova Friburgo.

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