Editorial - Mais polícia, menos ladrões

sexta-feira, 16 de abril de 2010
por Jornal A Voz da Serra

AS FRONTEIRAS do mal não respeitam a barreira da civilidade e da boa convivência. Ao contrário, os bandidos praticam toda sorte de vandalismo, agressões e violência sob a luz do sol e, muitas vezes, nas barbas da lei. Como acontece agora em Nova Friburgo com o elevado número de assaltos em plena luz do dia nas principais artérias da cidade.

AS AÇÕES criminosas estão aí para provar a vulnerabilidade do cidadão, que fica à mercê da violência que tomou conta do país. Nova Friburgo não foge à regra e também sofre do mal das grandes cidades. Assaltos a estudantes, uma residência, uma loja, um banco ou a um supermercado já não surpreendem mais pela ousadia.

A MÍDIA TEM noticiado com frequência assaltos de diversas maneiras, na Avenida Alberto Braune, na Praça Getúlio Vargas e em outras vias movimentadas, sem que as autoridades policiais tomem alguma providência. Somente no início da semana foram cinco assaltos e em todos eles os bandidos saíram impunes. Quem sofre, então, é a população, que não tem um policiamento ostensivo, presente nas ruas

MAL MAIOR não tem acontecido, em parte pela presença dos sistemas fechados de televisão, que, ainda bem, cobrem muitos prédios, lojas e residências. São eles os guardiões tecnológicos que a sociedade busca para se proteger. É a vez da segurança eletrônica que ajuda a polícia a identificar e muitas vezes prender os bandidos. Mas, onde está o policiamento?

CADA VEZ mais as pessoas buscam na segurança eletrônica uma forma de se proteger dos marginais, além da necessária e imprescindível ronda policial. A segurança pública não é mais privilégio do Estado apenas. O cidadão, hoje em dia, supre com outros mecanismos a carência daqueles que são pagos para nos proteger. E guarda sua vida da melhor maneira possível.

ATÉ MESMO as autoridades governamentais admitem a eficiência dos sistemas eletrônicos e modernizam a segurança nas cidades com a aquisição de tais aparelhos. Menos em Nova Friburgo. Aqui, infelizmente, a ideia não chegou e não conseguimos fazer a vigilância como convém. O resultado é conhecido: assaltos, roubos, vandalismo e furtos, sem falar na impunidade do trânsito.

O GOVERNO municipal também poderia se sensibilizar para a adoção destes recursos. A cidade, com o seu crescimento, não pode abrir mão desse aparato tecnológico de sucesso comprovado. A segurança hoje não consegue ser feita somente pelo contingente policial. As câmaras e outros equipamentos são indispensáveis ao melhor cumprimento das funções e os benefícios são evidentes. Quem ganha é a população. O que falta, então?

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