O GOVERNO federal tem feito diversas investidas econômicas para diminuir o chamado custo Brasil e com isso beneficiar as empresas, possibilitando o aumento dos investimentos industriais no país. Trata-se de medidas coerentes com o cenário econômico mundial e que podem proteger as empresas dos efeitos da escassez de capital.
POR OUTRO lado, pesquisas mostram que a taxa de desemprego vem respondendo bem à crise que ainda ameaça a Europa e persiste nos Estados Unidos. Embora o resultado seja expressivo, principalmente na conturbada economia mundial, deve ser comemorado com cautela, inclusive em Nova Friburgo.
SEM NÚMEROS consolidados para confirmar a tendência positiva, caracterizando um crescimento, sindicatos das categorias unem-se aos empresários numa só ladainha contra o arrocho econômico, as taxas de juros e a baixa cotação do dólar, que inibe as exportações.
EMPRESAS e empregados encontram-se no mesmo lado. As primeiras lutam para manter os negócios em atividade, enfrentando dissabores de toda ordem, principalmente tributária e fiscal. No caso friburguense, a preocupação é também com a ameaça dos manufaturados chineses que invadiram os mercados em todo o mundo, colocando em risco também a produtividade dos produtos friburguenses da moda íntima.
A INDÚSTRIA têxtil brasileira investiu na modernização do parque industrial e na abertura de novos mercados, que também são ameaçados pela agressividade chinesa, agravado pela cotação do câmbio, o que prejudica a concorrência. O resultado ainda não foi pior porque existem contratos que estão sendo realizados.
O PARQUE da moda íntima friburguense sofreu as consequências da tragédia de 2011, mas vem se recuperando satisfatoriamente. Seus produtos têm boa aceitação no mercado mundial, conforme comprovam o volume das suas vendas. Porém, o comércio global mostra que as dificuldades encontradas prosseguirão enquanto o governo não der as necessárias salvaguardas para impedir a expansão de produtos que chegam ao Brasil de forma ilegal e preocupante.
O CRESCIMENTO do país depende fundamentalmente da nossa capacidade de investimento. Com um parque têxtil moderno e mão de obra qualificada, o que falta é desonerar a economia, reduzindo impostos, simplificando a burocracia e estimulando o seu desenvolvimento, tornando os nossos preços mais competitivos. Sem tais mudanças, dificilmente o setor conseguirá ficar em vantagem nesta luta desleal.
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